domingo, 15 de junho de 2014

"Para Bem Escrever na Língua Portuguesa", curso on-line do professor e tradutor Carlos Nougué

Para Bem Escrever na Língua Portuguesa
Curso On-line do Professor
Carlos Nougué


“A gramática de uma língua é a arte de [escrever e pois de] falar corretamente.”
Andrés Bello

“A gramática é a arte de levantar as dificuldades de uma língua; mas é preciso que a alavanca não seja mais pesada que o fardo.”
Antoine Rivarol

*  *  *

Para Bem Escrever na Língua Portuguesa ministrar-se-á on-line como curso de extensão de 60 horas, com certificado válido para quaisquer fins curriculares; e visará a dotar os alunos de proficiência gramatical em nossa língua, ou seja, a fazê-los escrever bem nela. Não ensinará “macetes”, mas a arte da Gramática.
As 60 horas distribuir-se-ão por 30 aulas em vídeo de cerca de duas horas cada uma, disponibilizadas sempre em site próprio.
Liberar-se-ão duas aulas por semana, conquanto o curso inteiro já vá estar gravado quando começar; e o curso inteiro permanecerá 10 meses no referido site, o que visa a dar aos alunos grande flexibilidade quanto a tempo e assistência.
A cada aula estará disponível para impressão, em nosso sítio, um documento correspondente ao explanado pelo professor; e, disponibilizada a última aula, os alunos terão reunido um conjunto de cerca de 200 páginas destes documentos. 
A cada aula também estará disponível para impressão, em nosso sítio, um documento de exercícios (com resolução); e, disponibilizada a última aula, os alunos terão reunido um Caderno de Exercícios de cerca de 200 páginas.
Os alunos poderão escrever ao professor para solucionar suas dúvidas, e receberão respostas também por e-mail.
Oferecer-se-ão, ademais:
O valor total do curso será de R$ 300,00, que poderão parcelar-se em até seis vezes no cartão (pelo PagSeguro). Por pagamento à vista mediante débito on-line, o valor do curso cai para R$ 280,16.
As matrículas começarão no dia 14 de julho de 2014, em nosso mesmo site; e a primeira aula do curso será liberada a qualquer hora do dia 11 de agosto de 2014.
Observação. As matrículas continuarão abertas depois de iniciado o curso; mas não se estenderá o tempo (como dito acima, de 10 meses) em que as aulas ficarão disponíveis em ambiente virtual.

E-mail para contato:



quarta-feira, 11 de junho de 2014

La Dama de Elche




La Dama de Elche, encontrada em La Alcudia, em Elche, província de Alicante, é uma das esculturas mais célebres do mundo. Atualmente se encontra exposta no Museu Arqueológico Nacional em Madri.

Esta escultura foi encontrada acidentalmente em 1897, por um menino de 14 anos, que estava realizando trabalhos agrícolas em La Alcudia, e que num momento de descanso, topou com uma pedra ao dar um golpe na terra com sua enxada. Ele chamou os outros trabalhadores e, juntos, começaram a cavar até o rosto do busto aparecer. Nesse mesmo instante, o menino lhe deu o nome de Reina Mora.



Lavrada em pedra calcárea, entre os séculos V a IV a.C., tornou-se símbolo de toda uma cultura ibérica. Ela mede 56 cm de altura e tem nas costas uma cavidade esférica de 18 cm de diâmetro e 16 cm de profundidade, que provavelmente servia para guardar relíquias, objetos sagrados ou cinzas de defunto. Outras figuras ibéricas, encontradas noutros lugares, têm também nas costas um espaço côncavo e, como a Dama de Elche, os seus ombros apresentam-se ligeiramente curvados para a frente.



Na ocasião do achado da escultura, encontrava-se em Elche o arqueólogo francês Pierre Paris, para assistir às festas da Assunção. Ele enviou uma fotografia da escultura ao Museu do Louvre, recomendando a compra imediata da obra. Poucos dias depois, seria assinado o contrato de compra e venda e, a Dama, que fora admirada como «rainha moura» pelos habitantes de Elche, seguiria rumo a Marselha. Em Paris foi batizada como a Dama de Elche e transformou-se no centro de una campanha jornalística e científica a favor de uma legislação mais rígida contra as exportações de obras artísticas.



Enquanto a peça recém chegada foi instalada na sala de Palmira, antes de passar, em 1904, a presidir a sala da cultura ibérica. A Geração de 98 transformava a Dama numa personificação das origens da Espanha, o que fazia que sua perda fosse sentida, cada vez mais, como um verdadeiro despojo.

Iniciou-se uma campanha para trazer do volta o busto para a Espanha, houve várias negociações sem sucesso, até que finalmente, em 1940 com a derrota da França pela Alemanha, tivessem início os trâmites definitivos de repatriação.



Em 2006, por ocasião da inauguração do Museu Arqueológico e de História de Elche, ficou durante quase seis meses novamente em sua cidade de origem, onde foi avaliada em 15 milhões de euros, para o seguro.



Acredita-se que o escultor tenha sido um grego ou indígena helenizado, tal a perfeição das feições e dos ornamentos que exibe, não só no alto da cabeça (tiara) como aos lados, onde aparecem umas caixas circulares que serviam para acomodar os cabelos enrolados. A escultura apresenta ainda diversos colares no pescoço e um xale nos ombros. No momento do achado ainda conservava restos de pintura vermelha, azul e branca que decorava os lábios, o xale e o manto. A peça tem uma grande cavidade atrás cuja finalidade ainda é desconhecida.


A Dama de Elche é uma escultura cercada de mistérios, já que até hoje não se sabe se o busto representa uma deusa, uma sacerdotisa ou uma dama de alta linhagem. Seria, talvez, uma peça funerária, uma divindade? Jamais haverá uma resposta definitiva.


 Expositor virtual 3D da Dama de Elche

sexta-feira, 6 de junho de 2014

O reflexivo em espanhol



Em espanhol existe o reflexivo de interesse, empregado com frequência na linguagem afetiva, coloquial. Apresentam um complemento direto diferente do pronome reflexivo: Cómete este pastel”, “Se bebió dos litros de leche, etc.”. Com alguns desses verbos pode haver um reforço com a expressão a sí mismo: “se permitió a sí mismo ciertas libertades”, mas isso não é possível com a maioria desses verbos, por exemplo com comerse ou beberse não é possível a combinação com a sí mismo.

Além do reflexivo de interesse, há outro uso do reflexivo chamado dativo ético, que indica a intervenção pessoal do sujeito, sua participação afetiva na ação do verbo. Por exemplo quando a mãe diz para o filho: “Estúdiame la lección”, esse –me indica o interesse da mãe em que o filho estude. Outro exemplo: “Se me murió mi madre”, esse –me indica que o sujeito é afetado pela ação expressa pelo verbo.  me temo que...”, “me pienso que...”, “me figuro que...”, “me digo que...”, etc. Alguns casos admitem reforço com a mí mismo y en otros no: “me digo a mí mismo”, outros não admitem: ”me temo a mí mismo”, ”me figuro a mí mismo”.

O reflexivo também pode ter sentido possessivo nos casos em que o objeto indireto da construção reflexiva (que consiste, pois, em verbo transitivo) indica algo pertencente ao sujeito, ou que é parte dele. Isto ocorre em frases como “mancharse la ropa”, “herirse el pie” ou “cortarse la mano”. Nestas construções é possível um valor “causativo” para o reflexivo: “voy a cortarme el pelo”, “hoy me examinaré de Química”.
 
Além disso, a construção reflexiva também pode indicar acontecimentos acidentais: “se me rompió el vaso”, “se me quemó la comida”, “se me sube la sangre a la cabeza”, “se me asomaban las lágrimas”, “se le cortó la voz”, “se le secó la garganta”, “el mundo se le vino encima”, etc.