quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Resenha do livro "O senhor das moscas"


Quando somos crianças, sentimo-nos oprimidos pelas regras chatas e pelas ordens impostas pelos adultos. E se fôssemos crianças num mundo sem adultos, como seriam nossas vidas?

Escrito por William Golding, vencedor do Nobel da Paz de Literatura em 1983, O Senhor das Moscas foi lançado em 1954 e tornou-se referência para os amantes da boa literatura, uma vez que inspira discussões e questionamentos sobre temas essenciais, como a importância das regras de convivência e a essência da natureza humana.

O enredo se constrói a partir do drama de um grupo de crianças que se vê perdido numa ilha isolada e desabitada após a queda do avião em que viajavam. Nenhum adulto sobrevive ao acidente. Superado o impacto inicial, os garotos percebem que precisam se organizar. Assim, unem-se e começam a criar regras. Escolhem Ralph como líder do grupo. Este é acompanhado por dois garotos, Porquinho e Jack, de personalidades opostas, o primeiro é inteligente e calculista, mas submisso; o segundo, a expressão da força e da autoridade, independente e autoritário.

O autor trabalha as personalidades dos garotos de forma genial, mostrando o conflito entre eles, a forma como lidam com as coisas e as transformações que sofrem. Além disso, não esquece que são crianças, o que torna a narrativa uma verdadeira fonte de emoções, repleta de realismo, que traz à tona o lado mais sombrio dos meninos.

O Senhor das Moscas é um livro que não pode faltar em sua lista de leitura, você mergulhará nos dramas e conflitos da luta pela sobrevivência. Leitura recomendável para todas as idades, um suspense capaz de abalar suas emoções!

Boa leitura!!




Esta resenha é uma colaboração de @lucianosorgato

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

5 dicas para tornar-se um tradutor profissional


Não vamos falar aqui de competência linguística, condição sine qua non para ser um bom tradutor, vamos além:

1.    Capacite-se
A tradução é uma atividade que exige um alto esforço intelectual, portanto jamais a encare como um bico, como mera forma de complementar a renda. Não basta o conhecimento informal, baseado na experiência, “morei cinco anos em Londres”, é preciso investir em formação. A tradução requer conhecimento técnico e muita leitura. Somente assim você terá subsídios para justificar suas escolhas. Conhecer um pouco da história da tradução, das teorias, modalidades, ferramentas, técnicas e tendências também é um diferencial.
O bom tradutor está sempre em formação.

2.    Especialize-se
Também não basta capacitar-se, é preciso especializar-se em alguma coisa. Não adianta querer abraçar o mundo, oferecer tradução, versão, revisão, legendagem, transcrição, interpretação, e ainda “umas aulinhas de inglês”. Ou querer dominar todas as áreas de conhecimento, desde a culinária até a astronomia. É preferível ser bom em uma única coisa a ser medíocre em dez. Escolha uma ou duas modalidades de tradução e até cinco áreas de conhecimento com as quais tenha afinidade e especialize-se. 
O bom tradutor tem sempre em mente aonde quer chegar.

3.    Equipe-se
Para ter um bom desempenho, é preciso investir em bons equipamentos, móveis ergonômicos, dicionários, livros e softwares. Um ambiente organizado, bem iluminado, arejado, confortável e calmo também faz toda a diferença.
Sem falar na conexão! Invista numa operadora confiável e eficiente. Contar com uma boa conexão é crucial. Imagine a dificuldade de trabalhar com uma conexão instável que fique caindo nas horas mais inoportunas...
O bom tradutor se mune de boas ferramentas.

4.    Relacione-se
Você é tradutor? Dê-se a conhecer! Participe de associações, grupos, foros de discussão, listas de e-mail e eventos, troque figurinhas e ouça os conselhos dos tradutores mais experientes. Divulgue seu trabalho. Se possível, crie um perfil profissional nas redes sociais, um canal ou um blog, mas nunca se esqueça de que tudo aquilo que você publica reflete quem você é. “Dize-me o que publicas e te direi quem és”. Privilegie a comunicação responsiva e a qualidade dos conteúdos.
O bom tradutor é um bom comunicador.

5.    Respeite-se
Respeite a si mesmo e aos demais. Comece respeitando seus limites físicos e intelectuais, não aceite trabalhos que estejam além de suas capacidades. Valorize seu trabalho. Seja ético. Não saia por aí chorando as amarguras da profissão, falando mal dos clientes ou de outros colegas. Não se vanglorie dos erros alheios. Seja generoso com os novatos.
E, acima de tudo, respeite o texto! Não diga nada que não esteja no original nem omita informações. E, em hipótese alguma, distorça a mensagem propositalmente. Essa é uma atitude injustificável e desonesta.
O bom tradutor é ético e consciente.

Para terminar, ainda que soe piegas ou trivial: “Busque a excelência, mas antes de ser um excelente profissional, seja um bom ser humano!”.