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sexta-feira, 10 de abril de 2020

Teclas de atalho para inserir aspas retas



Queridos leitores,

Espero que estejam enfrentando esses tempos difíceis com fé, e ainda, que possamos voltar em breve à normalidade, na medida do possível...

Peço desculpas pela ausência, realmente tenho andado muito ocupada, sem falar em minha criatividade, que tem me deixado a ver navios.

Assim, estou passando rapidamente para responder à dúvida de uma leitora, que pode ser comum a outros usuários de editores de texto.

Como inserir aspas retas usando teclas de atalho?
Use o atalho Alt+34 no início e no final da palavra ou texto que deseja destacar.

Para mudar as aspas inglesas pelas aspas retas no Word:

Na guia Arquivo, clique em Opções.

Clique em Revisão de Texto e, em seguida, em Opções de AutoCorreção.

Na caixa de diálogo Autocorreção, faça o seguinte:

Clique na guia Formatação Automática ao Digitar e, em Substituir ao Digitar, marque ou desmarque a caixa de seleção "Aspas normais" por "aspas inglesas".

Clique na guia Formatação Automática ao Digitar e, em Substituir, marque ou desmarque a caixa de seleção "Aspas normais" por "aspas inglesas".

Clique em OK.

Uma boa Páscoa a todos e até breve!


segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Controle de qualidade de textos traduzidos ou vertidos

Embora a tradução seja uma atividade subjetiva, isso não implica que ela não possa ser avaliada de maneira objetiva. 

Quando falamos de qualidade de uma tradução, referimo-nos à aplicação de um conjunto de parâmetros que permita entregar um texto livre de erros. Em se tratando de tradução, levam-se em conta critérios como precisão (correspondência biunívoca entre o vocábulos e o conceito que se deseja expressar), correção gramatical (observância das normas gramaticais da língua para a qual se traduz), estilo (em matéria de tradução, refere-se geralmente à observância da padronização prescrita por um guia de estilo), terminologia (uso de terminologia especializada na área de conhecimento, uso de fontes consagradas, consistência e uniformidade), entre outros.

Para garantir a qualidade de uma tradução, as agências de tradução contam com procedimentos de controle de qualidade, em que o texto traduzido passa por uma revisão que avalia aspectos como a correção gramatical, a adequação vocabular, a coesão e a coerência, a padronização de estilo e terminológica, formatação, na verdade o controle de qualidade deve começar já no recebimento do texto original.

Para dar uma ideia mais precisa dos parâmetros adotados ao avaliar a qualidade de uma tradução, compilei aqui os critérios adotados por órgãos públicos como o Conselho da Justiça Federal, o Tribunal de Contas da União, entre outros, para o credenciamento de tradutores ou ainda para a contratação de serviços de tradução/versão por empresas públicas mediante pregão ou licitação.  

Cada  texto  traduzido  recebe  o  conceito  “satisfatório”  ou  “não satisfatório”. 

É considerado "não satisfatório" quando inclui, em qualquer de suas laudas: 

  1. Quatro ou mais erros básicos; ou 
  2. Dois erros básicos e mais de cinco erros complementares; ou 
  3. Nenhum básico e oito ou mais erros complementares. 


É  considerado  "satisfatório"  quando  o  número  de  erros  é  inferior  aos  limites acima. 

São considerados erros básicos

  • Erro de conjugação verbal; 
  • Erro de regência verbal
  • Erro de concordância verbal; 
  • Erro no uso de pronomes; 
  • Uso de falsos cognatos (falsos amigos); 
  • Uso de palavra e/ou expressão e/ou estrutura gramatical inexistente  na  norma culta  de  acordo  com  a  literatura  especializada  (isto é,  dicionários,  gramáticas  e obras de uso de língua  reconhecidas pelas  instituições  pertinentes,  como:  Real  Academia  Espanhola,  Academia  Brasileira de Letras, Oxford English Dictionary); 
  • Erro de ortografia; 
  • Falta  de  clareza  na  frase  ou ambiguidade  (se  o sentido estiver  claro  no  texto original, mas ambíguo na tradução ou versão, isso constituirá  um erro); 
  • Tradução excessivamente literal  (palavra por palavra) ou aquela que  não respeite a estrutura gramatical; 
  • Tradução ou versão comprovadamente retirada de alguma ferramenta  de tradução da internet (exemplo:  fragmento de texto com tradução  do  Google Translator); 
  • Uso  de  palavra  e/ou  frase  de  sentido  diferente  da  usada  no  texto  original; 
  • Erro de sintaxe (a ordem das palavras e outros elementos de uma frase  devem respeitar  as  regras  gramaticais  da  língua  para  a  qual  se  está  traduzindo); 
  • Falta  de  tradução  ou  versão  de  parte  substancial  do  texto  original,  títulos, frases; 
  • Escolha incorreta de conjunções. 


São considerados erros complementares

  • Erro de pontuação; 
  • Erro de combinação de palavras (erro de “colocações”); 
  • Erro no uso de preposições ou omissão de preposição; 
  • Erro no uso de artigos ou omissão de artigo; 
  • Escolha de classe morfológica incorreta entre um grupo de palavras de  mesma raiz  (a  raiz  da  palavra está correta, mas  a  classe morfológica  escolhida  está errada, isto é, “safe” no lugar de “safety” ou “economy”  no lugar de “economic”); 
  • Erro no uso de maiúsculas e/ou minúsculas; 
  • Adição de  texto  e/ou  palavras  não  claramente  incluídos  no  original  nos  casos em que isso não seja necessário para transmissão da ideia  original; 
  • Uso de termo inadequado no contexto, de acordo com as convenções da língua alvo. 

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Vírgula diante de que


Uma dúvida frequente de pontuação é a que diz respeito ao uso da vírgula diante da palavra que.

Primeiro, vale lembrar que esta palavra pode exercer diversas funções, entre elas: pronome interrogativo (Que pensas sobre o assunto?); pronome relativo (Comprei o livro que você me recomendou); advérbio de intensidade, quando equivale a quão (Que perversos eram os vikings!); preposição, quando liga dois verbos e equivale a “de” (Temos que estudar muito), alguns gramáticos consideram esse uso incorreto e, por tanto, não aceitam o “que” como preposição; conjunção coordenativa (Precisamos descansar, que o dia vai ser longo); conjunção subordinativa (Rogo que você me ouça); partícula de realce ou expletiva (Eles é que são os culpados); ou ainda, substantivo (Ele tem um quê repulsivo). 

A utilização ou não de vírgula diante da palavra “que” depende não somente de sua natureza morfológica como também de sua função sintática.

Em geral, devemos empregar a vírgula diante de que, quando:

1.    Como pronome relativo, inicia orações explicativas (Ela, que tem mania de cuidar da vida alheia, não enxerga os próprios defeitos).  
2.    Como conjunção explicativa ou causal, é sempre precedido de vírgula (Não fale ao telefone enquanto dirige, que você pode sofrer um acidente). 
3.    Como conjunção consecutiva, também é precedido de vírgula (Ela falou tanto, que ficou com a garganta seca). 

Nos demais casos, geralmente não é precedido de vírgula. Sobretudo se exerce a função de conjunção subordinativa integrante, quando nunca deve ser precedido de vírgula, já que a oração que inicia é parte integrante da anterior (Espero que você volte logo. Não diga que não lhe avisei). 

 
Naturalmente que, na situação anterior, se houver um inciso explicativo ou circunstancial entre a conjunção integrante e a oração subordinada, essa intervenção será assinalada com vírgulas (Espero que, aconteça o que acontecer, você volte logo. É necessário que, qualquer que seja sua decisão, o apoiemos). Perceba também que, neste último exemplo, iniciamos a oração subordinada por pronome oblíquo átono. Isso porque a conjunção que
atrai o pronome para si, ainda que haja intercalação entre eles.