sexta-feira, 21 de junho de 2013

Poema "Caminante" de Antonio Machado

Caminante, son tus huellas

el camino, y nada más;

caminante, no hay camino,

se hace camino al andar.

Al andar se hace camino,

y al volver la vista atrás

se ve la senda que nunca

se ha de pisar.

Caminante, no hay camino,

sino estelas en la mar.


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Apesar de o ou apesar do?

As duas construções são possíveis, para saber quando utilizar cada uma é preciso analisar sintaticamente a sentença.

Primeiro caso: apesar de o (sem contração)

Apesar de o diretor não chegar a tempo, a reunião começou normalmente.

Nesse caso, o diretor é o sujeito da 1ª oração, e como não existe sujeito preposicionado, pois o sujeito só pode ser acompanhado por artigo ou numeral, então não pode haver contração da preposição “de” com o artigo “o”.

Pelo mesmo motivo não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou pronome, nos casos seguidos de infinitivo, porque não se coloca preposição antes do sujeito:

É hora de ele chegar. (sujeito: ele)

Apesar de o amigo tê-lo convidado…(sujeito: amigo)

Depois de esses fatos terem ocorrido… (sujeito: esses fatos)

Segundo caso: apesar do (com contração)

Apesar do mau tempo, fomos acampar.

Analisando a função sintática, vemos que “apesar do mau tempo” é um adjunto adverbial de concessão porque acrescenta uma circunstância ao verbo “acampar”. Indica um fator contrário à ação, mas que não nos impediu de realizá-la. Nesse caso, o mau tempo não é um sujeito, assim, pode-se fazer a contração.

E se eu disser: Apesar do mau tempo prosseguir, fomos acampar?

Observe que nesse caso o mau tempo é sujeito do verbo prosseguir (quem prosseguiu? o mau tempo), então o correto é não contrair a preposição “de” com o artigo “o”.

Apesar de o mau tempo prosseguir, fomos acampar.

Muita calma nessa hora, se você ainda não havia reparado nisso, não precisa sair arrancando os cabelos, veja a seguinte ressalva feita por Domingos Paschoal Cegalla em seu Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa (2010).

“Deve-se ressaltar, porém, que há gramáticos que baseados em exemplos de bons autores, defendem a contração por soar mais natural e eufônica. Ex.: “Apesar do voto ser secreto, voto pela resolução” Marques Rebelo, Oscarina, p.174).”

Atenção na hora de traduzir ao espanhol frases como “Apesar de o diretor não comparecer à reunião…”

Primeiro, em espanhol “apesar” se escreve separado “a pesar”.

Segundo, em espanhol não há infinitivo flexionado, ou seja, não se conjuga o infinitivo.

A tradução dessa frase ficaria assim:

A pesar de que el director no asistió a la reunión.

Em espanhol é incorreta a construção gramatical pronome + infinitivo.

Assim, para traduzir o infinitivo flexionado ao espanhol, utilizam-se as formas: preposição ou conjunção + verbo conjugado.

Vou viajar - voy a viajar.

Ele pediu para eu ler esse livro = Me pidió que lea ese libro.

Apesar de ele já saber a resposta, perguntou se podia. = Apesar de que él ya sabía la respuesta, preguntó si podía.

Falou para estudarmos bastante = Nos dijo que estudiemos bastante.

Para saber mais sobre a tradução do infinitivo flexionado veja o link: infinitivo flexionado

terça-feira, 18 de junho de 2013

¿Me alegro de o me alegra que?

Las dos construcciones son posibles. Veamos la explicación

Cuando alegrar significa causar alegría, lo que motiva la alegría es, el sujeto gramatical, por lo que no debe ir precedido de preposición. Me alegra que hayas venido.

Como pronominal (alegrarse), significa ‘sentir alegría’ y se construye con un complemento introducido por de: Me alegro de que hayas venido. En este caso, no se debe suprimir la preposición.

Frase do dia

“O tradutor é um escafandrista. Mergulha na obra como num mar, impregna-se do estilo do autor e lentamente o vai moldando no barro de outro idioma.”

Monteiro Lobato


segunda-feira, 17 de junho de 2013

Significado de expresiones brasileñas originadas en el fútbol

Aprovechando la ocasión de la Copa de las Confederaciones en Brasil, veamos el significado de algunas expresiones coloquiales brasileñas relacionadas la mundo del fútbol:

Ser o dono da bola: ser el dueño de la situación, ser el que manda.

Dar bola a: darle confianza a alguien, demostrar interés por alguien.

No último tempo: conseguir algo en el último momento.

Ficar/deixar pra escanteio: dejar algo o a alguien de lado, olvidado.

Pisar na bola: hacer algo malo, condenable.

Marcar um gol: alcanzar un objetivo.

Entrar de sola: ir directo al punto, sin hacer ceremonia. Hacer un comentario grosero.

Bater na trave: casi lograr algo.

Pendurar as chuteiras: jubilarse.

Tirar o time de campo: renunciar a algo, desistir.

Agora é só correr para o abraço: cuando alguien ha hecho algo bien y solo le queda recibir las felicitaciones por lo que hizo.

Bater um bolão ser muy bueno en algo.

Deixar fora da jogada: excluir a alguien.

Vestir a camisa: comprometerse con algo.

Bola fora: hacer un comentario indebido. Actitud inconveniente.

Bola dentro: decisión o actitud acertada.

Estar com a bola toda: tener mucho prestigio.

Trocar as bolas: equivocarse.

Ora bolas! : caramba!

Show de bola! : estupendo, genial.

Abaixar a bola: disminuir el orgullo, la vanidad.

Bola de ouro: premio extraordinario.

Bola dividida: disputa.

Passar a bola: pasarle la responsabilidad a alguien.

Não dar bola: no dar importancia, no dar valor a algo.

Estar de marcação com alguém: seguir los pasos de alguien. Perseguir, importunar, vigilar a alguien.

Bola cheia: que está confiado, que tiene valor.

Bola murcha: desanimado, sin prestigio.

Bola da vez: lo que o el que está en evidencia en el momento.

Bom da bola: inteligente, estar bien de la cabeza.

Estar com a bola toda: tener suerte, estar en el comando, dominar la situación. Tener prestigio.

Não estar com essa bola toda: tener menos suerte o prestigio de lo que uno piensa tener.

Ruim da bola: sin juicio, estar chiflado.

Bola pra frente! : expresión de ánimo, para superar algo e seguir en frente.

Bola na trave não altera o placar: significa que no el hecho de estar cerca de lograr un objetivo no cambia nada.

Encher a bola de alguém: adular a alguien para conseguir algo, hacerle la pelota.

Bater uma bola: jugar a la pelota.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

100 erros comuns (atualizado segundo o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

Há tempo circula na rede um arquivo com 100 erros comuns de português. A seguir, o novo arquivo alterado segundo o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa:

1 - "Mal cheiro", "mau-humorado". Mal opõe-se a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar.

2 - "Fazem" cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.

3 - "Houveram" muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais.

4 - "Existe" muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam idéias.

5 - Para "mim" fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.

6 - Entre "eu" e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti.

7 - "Há" dez anos "atrás". Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás.

8 - "Entrar dentro". O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido.

9 - "Venda à prazo". Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter.

10 - "Porque" você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão, use "por que" separado: Por que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por que razão você se atrasou. Porque é usado nas respostas: Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado.

11 - Vai assistir "o" jogo hoje. Assistir como presenciar exige a: Vai assistir ao jogo, à missa, à sessão. Outros verbos com a: A medida não agradou (desagradou) à população. / Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. / Aspirava ao cargo de diretor. / Pagou ao amigo. / Respondeu à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes.

12 - Preferia ir "do que" ficar. Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar. É preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a morrer sem glória.

13 - O resultado do jogo, não o abateu. Não se separa com vírgula o sujeito do predicado. Assim: O resultado do jogo não o abateu. Outro erro: O prefeito prometeu, novas denúncias. Não existe o sinal entre o predicado e o complemento: O prefeito prometeu novas denúncias.

14 - Não há regra sem "excessão". O certo é exceção. Veja outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma correta: "paralizar" (paralisar), "beneficiente" (beneficente), "xuxu" (chuchu), "previlégio" (privilégio), "vultuoso" (vultoso), "cincoenta" (cinqüenta), "zuar" (zoar), "frustado" (frustrado), "calcáreo" (calcário), "advinhar" (adivinhar), "benvindo" (bem-vindo), "ascenção" (ascensão), "pixar" (pichar), "impecilho" (empecilho), "envólucro" (invólucro).

15 - Quebrou "o" óculos. Concordância no plural: os óculos, meus óculos. Da mesma forma: Meus parabéns, meus pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias.

16 - Comprei "ele" para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. Assim: Comprei-o para você. Também: Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandou-me.

17 - Nunca "lhe" vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não pode ser usado com objeto direto: Nunca o vi. / Não o convidei. / A mulher o deixou. / Ela o ama.

18 - "Aluga-se" casas. O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se empregados.

19 - "Tratam-se" de. O verbo seguido de preposição não varia nesses casos: Trata-se dos melhores profissionais. / Precisa-se de empregados. / Apela-se para todos. / Conta-se com os amigos.

20 - Chegou "em" São Paulo. Verbos de movimento exigem a, e não em: Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os filhos ao circo.

21 - Atraso implicará "em" punição. Implicar é direto no sentido de acarretar, pressupor: Atraso implicará punição. / Promoção implica responsabilidade.

22 - Vive "às custas" do pai. O certo: Vive à custa do pai. Use também em via de, e não "em vias de": Espécie em via de extinção. / Trabalho em via de conclusão. Obs.: Segundo o Dicionário de dificuldades da língua portuguesa de Domingos Paschoal Cegalla o usa da forma “às custa de” está legitimado pelo uso.

23 - Todos somos "cidadões". O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres.

24 - O ingresso é "gratuíto". A pronúncia correta é gratúito, assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não existe e só indica a letra tônica). Da mesma forma: flúido, condôr, recórde, aváro, ibéro, pólipo.

25 - A última "seção" de cinema. Seção significa divisão, repartição, e sessão eqüivale a tempo de uma reunião, função: Seção Eleitoral, Seção de Esportes, seção de brinquedos; sessão de cinema, sessão de pancadas, sessão do Congresso.

26 - Vendeu "uma" grama de ouro. Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas, por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, etc.

27 - "Porisso". Duas palavras, por isso, como de repente e a partir de.

28 - Não viu "qualquer" risco. É nenhum, e não "qualquer", que se emprega depois de negativas: Não viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu nenhuma confusão.

29 - A feira "inicia" amanhã. Alguma coisa se inicia, se inaugura: A feira inicia-se (inaugura-se) amanhã.

30 - Soube que os homens "feriram-se". O que atrai o pronome: Soube que os homens se feriram. / A festa que se realizou... O mesmo ocorre com as negativas, as conjunções subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. / Nenhum dos presentes se pronunciou. / Quando se falava no assunto... / Como as pessoas lhe haviam dito... / Aqui se faz, aqui se paga. / Depois o procuro.

31 - O peixe tem muito "espinho". Peixe tem espinha. Veja outras confusões desse tipo: O "fuzil" (fusível) queimou. / Casa "germinada" (geminada), "ciclo" (círculo) vicioso, "cabeçário" (cabeçalho).

32 - Não sabiam "aonde" ele estava. O certo: Não sabiam onde ele estava. Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde vamos?

33 - "Obrigado", disse a moça. Obrigado concorda com a pessoa: "Obrigada", disse a moça. / Obrigado pela atenção. / Muito obrigados por tudo.

34 - O governo "interviu". Intervir conjuga-se como vir. Assim: O governo interveio. Da mesma forma: intervinha, intervim, interviemos, intervieram. Outros verbos derivados: entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, predisse, conviesse, perfizera, entrevimos, condisser, etc.

35 - Ela era "meia" louca. Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio amiga.

36 - "Fica" você comigo. Fica é imperativo do pronome tu. Para a 3.ª pessoa, o certo é fique: Fique você comigo. / Venha pra Caixa você também. / Chegue aqui.

37 - A questão não tem nada "haver" com você. A questão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. Da mesma forma: Tem tudo a ver com você.

38 - A corrida custa 5 "real". A moeda tem plural, e regular: A corrida custa 5 reais.

39 - Vou "emprestar" dele. Emprestar é ceder, e não tomar por empréstimo: Vou pegar o livro emprestado. Ou: Vou emprestar o livro (ceder) ao meu irmão. Repare nesta concordância: Pediu emprestadas duas malas.

40 - Foi "taxado" de ladrão. Tachar é que significa acusar de: Foi tachado de ladrão. / Foi tachado de leviano.

41 - Ele foi um dos que "chegou" antes. Um dos que faz a concordância no plural: Ele foi um dos que chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi um). / Era um dos que sempre vibravam com a vitória.

42 - "Cerca de 18" pessoas o saudaram. Cerca de indica arredondamento e não pode aparecer com números exatos: Cerca de 20 pessoas o saudaram.

43 - Ministro nega que "é" negligente. Negar que introduz subjuntivo, assim como embora e talvez: Ministro nega que seja negligente. / O jogador negou que tivesse cometido a falta. / Ele talvez o convide para a festa. / Embora tente negar, vai deixar a empresa.

44 - Tinha "chego" atrasado. "Chego" não existe. O certo: Tinha chegado atrasado. Tampouco se diz “tinha trago”, mas “tinha trazido”.

45 - Tons "pastéis" predominam. Nome de cor, quando expresso por substantivo, não varia: Tons pastel, blusas rosa, gravatas cinza, camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é o normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas amarelas.

46 - Lute pelo "meio-ambiente". Meio ambiente não tem hífen, nem hora extra, ponto de vista, mala direta, pronta entrega, etc. O sinal aparece, porém, em mão-de-obra (mão de obra), matéria-prima, infra-estrutura (infraestrutura), primeira-dama, vale-refeição, meio-de-campo (meio de campo), etc. Segundo o Novo Acordo Ortográfico não se emprega hífen nas locuções de qualquer tipo, salvo nas seguintes exceções já consagradas pelo uso: como é o caso de água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.

47 - Queria namorar "com" o colega. O com não existe: Queria namorar o colega.

48 - O processo deu entrada "junto ao" STF. Processo dá entrada no STF. Igualmente: O jogador foi contratado do (e não "junto ao") Guarani. / Cresceu muito o prestígio do jornal entre os (e não "junto aos") leitores. / Era grande a sua dívida com o (e não "junto ao") banco. / A reclamação foi apresentada ao (e não "junto ao") Procon.

49 - As pessoas "esperavam-o". Quando o verbo termina em m, ão ou õe, os pronomes o, a, os e as tomam a forma no, na, nos e nas: As pessoas esperavam-no. / Dão-nos, convidam-na, põe-nos, impõem-nos.

50 - Vocês "fariam-lhe" um favor? Não se usa pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) depois de futuro do presente, futuro do pretérito (antigo condicional) ou particípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe-iam) um favor? / Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca "imporá-se"). / Os amigos nos darão (e não "darão-nos") um presente. / Tendo-me formado (e nunca tendo "formado-me").

51 - Chegou "a" duas horas e partirá daqui "há" cinco minutos. Há indica passado e eqüivale a faz, enquanto a exprime distância ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz): Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) cinco minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos de 12 metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias.

52 - Blusa "em" seda. Usa-se de, e não em, para definir o material de que alguma coisa é feita: Blusa de seda, casa de alvenaria, medalha de prata, estátua de madeira.

53 - A artista "deu à luz a" gêmeos. A expressão é dar à luz, apenas: A artista deu à luz quíntuplos. Também é errado dizer: Deu "a luz a" gêmeos.

54 - Estávamos "em" quatro à mesa. O em não existe: Estávamos quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco na sala.

55 - Sentou "na" mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao piano, à máquina, ao computador.

56 - Ficou contente "por causa que" ninguém se feriu. Embora popular, a locução não existe. Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu.

57 - O time empatou "em" 2 a 2. A preposição é por: O time empatou por 2 a 2. Repare que ele ganha por e perde por. Da mesma forma: empate por.

58 - À medida "em" que a epidemia se espalhava... O certo é: À medida que a epidemia se espalhava... Existe ainda na medida em que (tendo em vista que): É preciso cumprir as leis, na medida em que elas existem.

59 - Não queria que "receiassem" a sua companhia. O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia. Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe i quando o acento cai no e que precede a terminação ear: receiem, passeias, enfeiam).

60 - Eles "tem" razão. No plural, têm é assim, com acento. Tem é a forma do singular. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem.

61 - A moça estava ali "há" muito tempo. Haver concorda com estava. Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito tempo. / Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos meses. / Estava sem dormir havia (fazia) três meses. (O havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do indicativo.)

62 - Não "se o" diz. É errado juntar o se com os pronomes o, a, os e as. Assim, nunca use: Fazendo-se-os, não se o diz (não se diz isso), vê-se-a, etc.

63 - Acordos "políticos-partidários". Nos adjetivos compostos, só o último elemento varia: acordos político-partidários. Outros exemplos: Bandeiras verde-amarelas, medidas econômico-financeiras, partidos social-democratas.

64 - Fique "tranquilo". O u pronunciável depois de q e g e antes de e e i exige trema: Tranqüilo, conseqüência, lingüiça, agüentar, Birigüi. após o Novo Acordo Ortográfico o trema foi suprimido, no entanto a pronúncia das palavras permanece a mesma, ou seja, o u continua sendo pronunciado. Conserva-se o trema em pallavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: hübneriano, de Hübner, mülleriano, de Müller, etc.

65 - Andou por "todo" país. Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem) é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos.

66 - "Todos" amigos o elogiavam. No plural, todos exige os: Todos os amigos o elogiavam. / Era difícil apontar todas as contradições do texto.

67 - Favoreceu "ao" time da casa. Favorecer, nesse sentido, rejeita a: Favoreceu o time da casa. / A decisão favoreceu os jogadores.

68 - Ela "mesmo" arrumou a sala. Mesmo, quando eqüivale a próprio, é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala. / As vítimas mesmas recorreram à polícia.

69 - Chamei-o e "o mesmo" não atendeu. Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. / Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos servidores (e não "dos mesmos").

70 - Vou sair "essa" noite. Este designa o tempo no qual se está ou o objeto próximo: Esta noite, esta semana (a semana em que se está), este dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este século (o século 20).

71 - A temperatura chegou a 0 "graus". Zero indica singular sempre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora.

72 - A promoção veio "de encontro aos" seus desejos. Ao encontro de é que expressa uma situação favorável: A promoção veio ao encontro dos seus desejos. De encontro a significa condição contrária: A queda do nível dos salários foi de encontro às (foi contra) expectativas da categoria.

73 - Comeu frango "ao invés de" peixe. Em vez de indica substituição: Comeu frango em vez de peixe. Ao invés de significa apenas ao contrário: Ao invés de entrar, saiu.

74 - Se eu "ver" você por aí... O certo é: Se eu vir, revir, previr. Da mesma forma: Se eu vier (de vir), convier; se eu tiver (de ter), mantiver; se ele puser (de pôr), impuser; se ele fizer (de fazer), desfizer; se nós dissermos (de dizer), predissermos.

75 - Ele "intermedia" a negociação. Mediar e intermediar conjugam-se como odiar: Ele intermedeia (ou medeia) a negociação. Remediar, ansiar e incendiar também seguem essa norma: Remedeiam, que eles anseiem, incendeio.

76 - Ninguém se "adequa". Não existem as formas "adequa", "adeqüe", etc., mas apenas aquelas em que o acento cai no a ou o: adequaram, adequou, adequasse, etc.

77 - Evite que a bomba "expluda". Explodir só tem as pessoas em que depois do d vêm e e i: Explode, explodiram, etc. Portanto, não escreva nem fale "exploda" ou "expluda", substituindo essas formas por rebente, por exemplo. Precaver-se também não se conjuga em todas as pessoas. Assim, não existem as formas "precavejo", "precavês", "precavém", "precavenho", "precavenha", "precaveja", etc.

78 - Governo "reavê" confiança. Equivalente: Governo recupera confiança. Reaver segue haver, mas apenas nos casos em que este tem a letra v: Reavemos, reouve, reaverá, reouvesse. Por isso, não existem "reavejo", "reavê", etc.

79 - Disse o que "quiz". Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer e pôr: Quis, quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, pusesse, puseram, puséssemos.

80 - O homem "possue" muitos bens. O certo: O homem possui muitos bens. Verbos em uir só têm a terminação ui: Inclui, atribui, polui. Verbos em uar é que admitem ue: Continue, recue, atue, atenue.

81 - A tese "onde"... Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. / Veja o jardim onde as crianças brincam. Nos demais casos, use em que: A tese em que ele defende essa idéia. / O livro em que... / A faixa em que ele canta... / Na entrevista em que...

82 - Já "foi comunicado" da decisão. Uma decisão é comunicada, mas ninguém "é comunicado" de alguma coisa. Assim: Já foi informado (cientificado, avisado) da decisão. Outra forma errada: A diretoria "comunicou" os empregados da decisão. Opções corretas: A diretoria comunicou a decisão aos empregados. / A decisão foi comunicada aos empregados.

83 - Venha "por" a roupa. Pôr, verbo, tem acento diferencial: Venha pôr a roupa. O mesmo ocorre com pôde (passado): Não pôde vir. Veja outros: fôrma, pêlo e pêlos (cabelo, cabelos), pára (verbo parar), péla (bola ou verbo pelar), pélo (verbo pelar), pólo e pólos. Após o Novo Acordo Ortográfico essas palavras perderam o acento diferencial.

84 - "Inflingiu" o regulamento. Infringir é que significa transgredir: Infringiu o regulamento. Infligir (e não "inflingir") significa impor: Infligiu séria punição ao réu.

85 - A modelo "pousou" o dia todo. Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, viajante, etc. Não confunda também iminente (prestes a acontecer) com eminente (ilustre). Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito).

86 - Espero que "viagem" hoje. Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem. A forma verbal é viajem (de viajar): Espero que viajem hoje. Evite também "comprimentar" alguém: de cumprimento (saudação), só pode resultar cumprimentar. Comprimento é extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido (concretizado).

87 - O pai "sequer" foi avisado. Sequer deve ser usado com negativa: O pai nem sequer foi avisado. / Não disse sequer o que pretendia. / Partiu sem sequer nos avisar.

88 - Comprou uma TV "a cores". Veja o correto: Comprou uma TV em cores (não se diz TV "a" preto e branco). Da mesma forma: Transmissão em cores, desenho em cores.

89 - "Causou-me" estranheza as palavras. Use o certo: Causaram-me estranheza as palavras. Cuidado, pois é comum o erro de concordância quando o verbo está antes do sujeito. Veja outro exemplo: Foram iniciadas esta noite as obras (e não "foi iniciado" esta noite as obras).

90 - A realidade das pessoas "podem" mudar. Cuidado: palavra próxima ao verbo não deve influir na concordância. Por isso: A realidade das pessoas pode mudar. / A troca de agressões entre os funcionários foi punida (e não "foram punidas").

91 - O fato passou "desapercebido". Na verdade, o fato passou despercebido, não foi notado. Desapercebido significa desprevenido.

92 - "Haja visto" seu empenho... A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas.

93 - A moça "que ele gosta". Como se gosta de, o certo é: A moça de que ele gosta. Igualmente: O dinheiro de que dispõe, o filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova de que participou, o amigo a que se referiu, etc.

94 - É hora "dele" chegar. Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou pronome, nos casos seguidos de infinitivo: É hora de ele chegar. / Apesar de o amigo tê-lo convidado... / Depois de esses fatos terem ocorrido...

95 - Vou "consigo". Consigo só tem valor reflexivo (pensou consigo mesmo) e não pode substituir com você, com o senhor. Portanto: Vou com você, vou com o senhor. Igualmente: Isto é para o senhor (e não "para si").

96 - Já "é" 8 horas. Horas e as demais palavras que definem tempo variam: Já são 8 horas. / Já é (e não "são") 1 hora, já é meio-dia, já é meia-noite.

97 - A festa começa às 8 "hrs.". As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural nem ponto. Assim: 8 h, 2 km (e não "kms."), 5 m, 10 kg.

98 - "Dado" os índices das pesquisas... A concordância é normal: Dados os índices das pesquisas... / Dado o resultado... / Dadas as suas idéias...

99 - Ficou "sobre" a mira do assaltante. Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu-se sob a cama. Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz alguma coisa e alguém vai para trás.

100 - "Ao meu ver". Não existe artigo nessas expressões: A meu ver, a seu ver, a nosso ver. Segundo o Dicionário de dificuldades da língua portuguesa de Domingos Paschoal Cegalla, as duas formas são aceitáveis “a meu ver” e “ao meu ver”

Plan de clase III: tiras cómicas (actividades)

(Esta actividad complementa el plan de clase tira cómica. Entre paréntesis se presentan algunas sugerencias de respuestas)

Responde a las preguntas:

1. ¿Cuáles son las características principales de género tira cómica?

(El uso de lenguaje visual, los colores, los dibujos, las viñetas, los bocadillos, las onomatopeyas, etc.)

2. Según Mafalda, en la tira nº 1, ¿qué es lo que debe mejorar?

(Las personas que viven en el mundo, o sea, nosotros.)

3. En la tira nº 2, ¿por qué crees que Mafalda usó el verbo «meter»? ¿Qué es lo que ella está criticando?

(Porque el verbo meter denota un acto forzado, involuntario. Está criticando la enseñanza tradicional que veía al alumno como un depósito de contenido y no le dejaba expresarse.)

4. En la tira nº 3, ¿qué es lo que Mafalda considera como fracaso? ¿Y tú, estás de acuerdo? ¿Por qué?

(Que su madre no haya estudiado, que no haya cursado una universidad y que se pase el día limpiando la casa. En este caso, Mafalda también demuestra prejuicio por juzgar como fracaso el hecho de que una mujer se sienta realizada por cuidar a su hogar y a su familia. Hay que respetar las preferencias de los demás.)

5. En la tira nº 4, ¿por qué motivo crees que la madre de Mafalda tarda en responder? En tu opinión, ¿por qué hay personas pobres?

(Tarda en responder porque no es una pregunta fácil, es una pregunta incómoda, porque al fin y al cabo todos somos responsables de que haya tantas personas pobres. Porque las oportunidades no son iguales para todos.)

Plan de clase II: tiras cómicas (continuación)

Mafalda es el nombre de un personaje de altísima popularidad en América Latina y en algunos países europeos. Creada por el dibujante argentino Joaquín Salvador Lavado, conocido como Quino, circuló de 1964 a 1973, Mafalda es una niña, hija de una típica familia argentina de clase media, que representa el anticonformismo de la humanidad. Lo que ella más odia es la injusticia, la guerra, las armas nucleares, el racismo, las absurdas convenciones de los adultos y, principalmente, la sopa. Sus pasiones son los Beatles, la paz, los derechos humanos y la democracia. El tipo de humor es perspicaz, irónico y cuestionador. Mafalda no habla tan solo de Argentina, sino de las inquietudes de índole universal. (sitio: mafalda.dreamesr.com)

Plan de clase I: tiras cómicas

Plan de Clase de Géneros Textuales

Nivel: 3er curso de la enseñanza media.

Asignatura: Lengua española como lengua extranjera

Docente: Diana Margarita

Duración: 35 minutos

Tema: Tipología Textual y Géneros Textuales

Subtema: El género tira cómica.



I. Introducción

La concepción sobre la naturaleza de la lengua y sobre su proceso de aprendizaje subyace explícita o implícitamente a toda práctica didáctica. El enfoque comunicativo en la enseñanza de lengua extranjera tiene como base los estudios semánticos y sociolingüísticos que enfatizan el estudio del texto/discurso. El objetivo no es describir la forma de la lengua, y sí aquello que se hace por medio de ella: preparar el aprendiz para las situaciones reales de comunicación con que puede ponerse en contacto.

¿Cómo se debe trabajar con el texto en la clase?

Cuanto al concepto de texto, los PCNs explicitan que el texto «se organiza dentro de determinado género en función de las intenciones comunicativas, como parte de las condiciones de producción de los discursos, las cuales generan usos sociales que los determinan».

Los Nuevos Estudios de Literacidad (Hamilton, 1998) conciben el texto escrito como una herramienta inserta en un contexto sociocultural, que las personas utilizan para desarrollar prácticas sociales en el seno de una comunidad, en un lugar y en un momento determinados.

Siendo así, se debe incentivar al alumno a reflexionar acerca de cómo se producen los sentidos en las interacciones por medio de la lengua, es decir, por intermedio de textos. El alumno debe tener contacto con diferentes géneros de texto, ser capaz de reconocer sus características, funciones e intenciones; interpretar su sentido, así como ser capaz de producir diferentes géneros de textos según su necesidad.

Géneros Textuales.

Sobre los géneros textuales, los PCNs afirman: «Todo texto se organiza dentro de un determinado género. Los varios géneros existentes, a su vez, constituyen formas relativamente estables de enunciados, disponibles en la cultura, que se caracterizan por tres elementos: contenido temático, estilo y construcción composicional».

Los géneros integran varios tipos de semioses: signos verbales, sonidos, imágenes y formas en movimiento o estáticas. Según Marcuschi (2002), los géneros textuales son: [...] los textos materializados que encontramos en nuestra vida diaria y que presentan características sociocomunicativas definidas por contenidos, propiedades funcionales, estilo y composición características. Si hay solo media docena de tipos textuales, por otro lado hay innúmeros géneros. Algunos ejemplos de géneros textuales son: una llamada telefónica, el sermón, la carta comercial, la carta personal, la novela, la nota, el reportaje periodístico, la clase expositiva, la reunión de la comunidad, la noticia periodística, el horóscopo, la receta culinaria, la prospecto de un medicamento, la lista de compras, el menú de un restaurante [...].

A partir de la conceptuación anterior, se pueden conocer las características fundamentales de los géneros y comprender porque son tan presentes y necesarios en las diversas actividades diarias de los seres humanos.

El género textual tira cómica:

La tira cómica es una adaptación de los géneros textuales a las nuevas tecnologías, la tira aparece como una adaptación de las historietas impresas. Según Mendonça (2002), «la historieta es un género icónico o icónico-verbal narrativo cuya progresión temporal se organiza cuadro a cuadro”. Ese género presenta los dibujos, las viñetas y las leyendas como elementos típicos, recursos usados para inserir el texto verbal. Generalmente presenta como máximo cuatro viñetas y se publicada en periódicos, revistas y libros. Sus características son la ironía y el humor, el lenguaje verbal y visual con dibujos, símbolos y colores.

Considerando los intereses y el conocimiento previo del alumno, se propone el estudio de las tiras cómicas del personaje Mafalda por ser un importante ícono de la cultura hispanohablante y por levantar cuestiones sociales, políticas y comportamentales. Sobre o carácter popular de ese género, Luyten (1985) afirma: «El temario de esas historias, salidas de las comunidades, involucra temas del día a día de la gente común, del porqué de los hechos sociales, políticos y económicos, enseñando a actuar en determinadas situaciones».

II - Conhecimentos/Saberes:

As Orientações Curriculares para o Ensino Médio afirmam que a compreensão é uma atividade sociointerativa, que não se limita à decodificação e à identificação de conteúdos, e cita como exemplo a mobilização de saberes que estão envolvidos na compreensão de uma piada: conhecimentos linguísticos, textuais e sociopragmáticos, conhecimentos sobre o mundo (cognitivo-conceptuais).

Siendo así, los conocimientos y saberes que serán movilizados en esta clase son la lectura, la comprensión (vocabulario) y la interpretación (construcción de significados); los conocimientos lingüísticos (gramaticales, variaciones lingüísticas, función comunicativa), textuales (géneros textuales) e sociopragmáticos (análisis del discurso); y los conocimientos acerca del mundo (historia, costumbres, política, cultura).

III. Objetivos:

• Entender qué son los géneros textuales, cómo se producen, y para qué sirven. Saber que todo texto contiene una intención y una ideología.

• Conocer las características del género textual tira cómica y los principales elementos que la componen: la viñeta, el bocadillo, las onomatopeyas.

• Fomentar la reflexión acerca de la sociedad por medio de tiras cómicas críticas.

• Adquisición de vocabulario

IV. Metodología – Aula expositiva dialógica y enseñanza por medio de tareas.

V. Configuración – tradicional durante la discusión y en parejas para realizar la tarea.

VI. Procedimientos:

1. Situar a los alumnos en el tema de la clase. Preguntarles qué entienden por texto y género textual.

2. Preguntarles a respecto de las tiras cómicas: ¿qué son?, ¿qué elementos contienen?, ¿en qué tipo de soporte se encuentran?, ¿qué finalidad tienen?

3. Preguntarles si conocen al personaje Mafalda, hablar a respecto del personaje del contexto histórico y social del período en que circularon las tiras.

4. Analizar, en parejas, algunas tiras cómicas de Mafalda.

5. Comentar las respuestas.

VII. Evaluación:

Según los PCNs (1998) «La función de la evaluación es alimentar, sostener y orientar la acción pedagógica y no solo constatar un cierto nivel del alumno. Está implícito, también, que no se evalúan solo los contenidos conceptuales, sino también los procedimentales y los actitudinales, yendo más allá de lo que se manifiesta, hasta la identificación de las causas... La evaluación así entendida ofrece descripción y explicación; es un medio de comprender lo que se alcanza y por qué. Se hace, de ese modo, una actividad iluminadora y alimentadora del proceso de enseñanza y aprendizaje, una vez que da respuesta al profesor sobre como mejorar la enseñanza, permitiendo correcciones en el recorrido, y respuesta al aluno sobre su propio desarrollo...»

Comprendiendo la evaluación como un acto formativo, dinámico y como un proceso continuo que debe realizarse a diario en cada clase, con el objetivo de verificar si se alcanzó o no el objetivo propuesto en el inicio del plan de clase, de forma que sea posible reflexionar sobre la propia práctica pedagógica y que pueda contribuir con el planteamiento de las próximas clases. Así, la propuesta es analizar la interpretación cualitativa del conocimiento construido, así como la participación, el empeño, las actitudes y la interacción durante toda a aula. Para profundizar el tema, los alumnos deberán crear su propia tira cómica para exponer y comentar en la próxima clase.

VIII. Contribución de los saberes para la formación del alumno:

Los géneros textuales están presentes en toda actividad comunicativa y permean toda intención de comunicación, es decir, interactuamos por medio de los diversos géneros textuales que circundan por los dominios discursivos, por eso, es fundamental para la formación del alumno y el contacto con los diversos tipos de géneros, la identificación de las características de cada género, las intenciones y funciones implícitas en cada género textual, de forma que el aprendiz pueda analizar críticamente los géneros con que tiene contacto y pueda elaborar sus propios textos/discursos.

Las orientaciones curriculares (2006) afirman: «... si el hombre se constituye sujeto por medio de las actividades del lenguaje, solo podrá reflexionar acerca de sí mismo por medio de ellas». Los saberes movilizados en la enseñanza acerca de géneros textuales están en consonancia con las finalidades de la enseñanza media ya que permiten el perfeccionamiento del educando como ser humano, su formación ética y el desarrollo de su autonomía y de su pensamiento crítico.

IX. Bibliografía:

ALMEIDA, Katiana. PAIXÃO, Meiryele. MITMA, Simone. A instrumentalização das histórias em quadrinhos na sala de aula. Revista Producción en línea [on-line]. Interdisciplinar, v. 10, n. especial. 2010. p. 245-261

ÁVILA, Graciene de. “1968”: ideologia e contestação através das tiras de Mafalda. Trabajo de Conclusión de Curso. (Licenciatura en Historia). Departamento de História, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 2009.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. (1999). Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. – Língua Estrangeira Moderna . Brasília : MEC/SEF.

_____. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Linguagens, códigos e suas tecnologias. Conhecimentos de Línguas Estrangeiras. Brasília: Autor, 2006.

PINTO, Abuêndia Padilha Pinto. Gêneros textuais e ensino de línguas: reflexões sobre aprendizagem e desenvolvimento. Revista Producción en línea. [on-line]. GELNE (Grupo de Estudos Linguísticos do Nordeste), v. 4, n. 2. 2002. Disponível na Internet:

MEDEIROS, Fabiano Didio. Mafalda, uma análisis textual. Disertación (Maestría en Teorías del Texto y del Discurso) – Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 2007.

Tiras extraídas del sitio

VIII. Anexos

Tiras cómicas de Mafalda y tarea de análisis crítica.

(continua)

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Dicas de uso de crase

Primeiro, crase não é acento, crase é a contração de dois “aa”. O acento grave (`) é o sinal que indica a crase (a + a = à), o primeiro “a” corresponde à preposição e o segundo, pode ser artigo definido “a/as”, pronome demonstrativo (a/as) ou, ainda, a vogal “a” inicial dos pronomes aquele, aqueles, aquela, aquelas e aquilo.

Se você fala espanhol, saiba que uma boa dica para saber quando usar crase em português é traduzir a frase para o espanhol, se aparecer a expressão “a la / a las” é praticamente certo que haverá crase na frase em português. Veja alguns exemplos:

Ele referiu-se à professora = Él se refirió a la profesora/maestra.

O avião partirá às duas horas = El avión partirá a las dos.

Ela entregou a documentação à secretária = Ella entregó la documentación a la secretaria.

Sua camisa é igual à do meu pai. Su camisa es igual a la de mi padre.

Atenção:

Cuidado com os heterogenéricos, palavras cujo gênero na língua de partida é diferente do gênero da língua de chegada. Exemplo:

Referiu-se à ponte antiga. = Se refirió al puente antiguo.

Cuidado, também, com algumas diferenças no uso das preposições e dos artigos entre o português e o espanhol:

Viajou à Argentina no ano passado. = Viajó a Argentina el año pasado. (em espanhol normalmente não se usa o artigo diante de nomes próprios)

Às vezes trabalho à noite. = A veces trabajo por la noche.

Filme "O impossível"

“O impossível” é uma obra do diretor catalão Juan Antonio Bayona (de “O orfanato”) inspirada no drama de uma família espanhola que passava suas férias na Tailândia, em 2004, quando ocorreu o tsunami que devastou a costa asiática e deixou mais de 230 mil mortos.

Maria (Naomi Watts) e Henry (Ewan McGregor) descansam tranquilamente com seus três filhos, Lucas, Thomas e Simon, em um paradisíaco resort à beira-mar quando são surpreendidos por uma onda descomunal e arrasadora. As cenas que se seguem são muito angustiantes e realistas, a água engolindo tudo, com movimentos aleatórios tal qual um liquidificador, as personagens sendo arrastadas para o fundo, sendo atingidas por destroços, tentando emergir das águas: um completo caos. Uma cena que revela a gravidade do que acaba de ocorrer é quando se vê Maria agarrada a um coqueiro submerso, gritando com todas as forças que lhe restam.

De repente, ela vê seu filho sendo arrastado pelo maremoto e então os dois lutam para se aproximar um do outro. Quando finalmente conseguem ficar juntos, percebem que não sobrou nada daquele lugar onde antes havia ruas, lojas e hotéis. Eles mal têm tempo de se recuperar quando são atingidos por uma segunda onda, mas, ainda assim, conseguem permanecer juntos. Maria está gravemente ferida e Lucas, apesar de ser uma criança, assume a liderança na busca por um lugar seguro onde possam aguardar por socorro.

A família fica dividida: o pai, por sua vez, consegue salvar os outros dois filhos menores e não desiste de procurar a esposa e o filho mais velho. O filme mostra, principalmente, o lado bom das pessoas, a comoção e a solidariedade da população local, que apesar de carente, não hesita em dividir o pouco que tem e não economiza esforços para ajudar as vítimas. Nos dias que se seguem após a catástrofe, os sobreviventes buscam não apenas seus familiares como também um sentido para a vida.

O diretor catalão conseguiu produzir um filme contundente, tenso e bem elaborado, e a interpretação do elenco envolve e emociona. O nome do filme “O impossível” oferece uma pista de que, em meio ao caos e à tragédia, milagres ainda acontecem.

Frase do dia

“Um livro aberto é um cérebro que fala; fechado, um amigo que espera; esquecido, uma alma que perdoa; destruído, um coração que chora.” "

Camilo Castelo Branco