“Un libro tiene que ser un hacha que rompa el mar de hielo que llevamos dentro.”
Franz Kafka
Tradução de espanhol. Diana Margarita. Blog sobre tradução, tradução de espanhol, gramática, literatura, cultura e entretenimento.
quinta-feira, 28 de março de 2013
sexta-feira, 15 de março de 2013
Frase do dia
“Revolucionário será aquele que conseguir revolucionar a si mesmo.”
Ludwig Wittgenstein
quinta-feira, 14 de março de 2013
Apócope
Em espanhol ocorre a supressão de uma ou várias letras ao final de algumas palavras (advérbios, adjetivos e pronomes) quando estão diante de um substantivo, numeral, advérbios ou adjetivos. Vejamos algumas situações em que ocorre a apócope:
1. Os adjetivos "bueno", "malo" e "grande" são escritos na forma apocopada quando precedem um substantivo masculino.
Un buen niño
Un mal vino
Un gran país
É importante lembrar que não ocorrerá apócope quando a palavra "grande" for precedida dos advérbios "más" ou "menos":
Es la escuela más grande en que ya estudié.
2. O adjetivo "grande" sofrem apócope diante de nomes masculinos e femininos.
Una gran amistad
3. A palavra "Santo", em espanhol, perde a sílaba final diante de um nome masculino, passando a ser utilizado como "San". Exceções: Santo Tomás, Santo Domingo, Santo Tomé, Santo Toribio. Também não se apocopam diante de: Job, Ángel, Dios, Cristo, varón, cielo, Oficio.
4. Os pronomes indefinidos "alguno" e "ninguno" sofre apócope diante de substantivos masculinos.
Algún libro
Ningún hombre
5. Os ordinais "primero" e "terceiro":
Primer capítulo
Tercer asiento
6. A palavra "cualquiera" sofre apócope diante de nomes masculinos e femininos.
Cualquier persona
Cualquier hombre
7. Se houver dois adjetivos ligados pela conjunção coordenativa "y" e um deles não puder se apocopar, nenhum dele sofrerá apócope:
El primero e inolvidable viaje. El malo y cruel hombre que atacó a la señora mayor. El fuerte y bueno café me hizo despertar
Se a conjunção unir dois adjetivos que podem se apocopar, os dois sofrerão apócope:
El primer y buen amigo que tuve fue mi padre.
Se os adjetivos se sucederem sem conjunção, haverá apócope:
Mi primer buen amigo fue mi hermano.
Su tercer admirable profesor.
8. Os pronomes possessivos "mío/a", "tuyo/a, "suyo/a" e suas formas plurais sofrem apócope diante de qualquer substantivo masculino ou feminino, singular ou plural.
Mi coche es aquel blanco.
Tus amigas están de pie.
Tu madre es muy simpática.
Sus vecinos son amables.
9. O cardinal "ciento" perde a sílaba final quando vier antes de um substantivo masculino ou feminino no plural.
Este vehículo pesa más de cien kilos.
Hay más de cien alumnos en el patio.
10. Os numerais compostos de "uno" sofrem apócope diante de substantivo masculino plural, ou da palavra "mil": veintiuno, treinta y uno, cuarenta y uno, etc.
Tiene veintiún años.
La vivienda cuesta cien mil euros.
1. Os adjetivos "bueno", "malo" e "grande" são escritos na forma apocopada quando precedem um substantivo masculino.
Un buen niño
Un mal vino
Un gran país
É importante lembrar que não ocorrerá apócope quando a palavra "grande" for precedida dos advérbios "más" ou "menos":
Es la escuela más grande en que ya estudié.
2. O adjetivo "grande" sofrem apócope diante de nomes masculinos e femininos.
Una gran amistad
3. A palavra "Santo", em espanhol, perde a sílaba final diante de um nome masculino, passando a ser utilizado como "San". Exceções: Santo Tomás, Santo Domingo, Santo Tomé, Santo Toribio. Também não se apocopam diante de: Job, Ángel, Dios, Cristo, varón, cielo, Oficio.
4. Os pronomes indefinidos "alguno" e "ninguno" sofre apócope diante de substantivos masculinos.
Algún libro
Ningún hombre
5. Os ordinais "primero" e "terceiro":
Primer capítulo
Tercer asiento
6. A palavra "cualquiera" sofre apócope diante de nomes masculinos e femininos.
Cualquier persona
Cualquier hombre
7. Se houver dois adjetivos ligados pela conjunção coordenativa "y" e um deles não puder se apocopar, nenhum dele sofrerá apócope:
El primero e inolvidable viaje. El malo y cruel hombre que atacó a la señora mayor. El fuerte y bueno café me hizo despertar
Se a conjunção unir dois adjetivos que podem se apocopar, os dois sofrerão apócope:
El primer y buen amigo que tuve fue mi padre.
Se os adjetivos se sucederem sem conjunção, haverá apócope:
Mi primer buen amigo fue mi hermano.
Su tercer admirable profesor.
8. Os pronomes possessivos "mío/a", "tuyo/a, "suyo/a" e suas formas plurais sofrem apócope diante de qualquer substantivo masculino ou feminino, singular ou plural.
Mi coche es aquel blanco.
Tus amigas están de pie.
Tu madre es muy simpática.
Sus vecinos son amables.
9. O cardinal "ciento" perde a sílaba final quando vier antes de um substantivo masculino ou feminino no plural.
Este vehículo pesa más de cien kilos.
Hay más de cien alumnos en el patio.
10. Os numerais compostos de "uno" sofrem apócope diante de substantivo masculino plural, ou da palavra "mil": veintiuno, treinta y uno, cuarenta y uno, etc.
Tiene veintiún años.
La vivienda cuesta cien mil euros.
quarta-feira, 13 de março de 2013
QUE: pronome relativo ou conjunção integrante?
Como podemos saber quando a palavra “que” é um PRONOME RELATIVO ou uma CONJUNÇÃO INTEGRANTE ?
O PRONOME RELATIVO “QUE” inicia uma oração subordinada adjetiva e está sempre entre um verbo e um substantivo que mantêm relação sintática entre si. A função do pronome relativo é recuperar o substantivo já citado. O verbo fica depois do pronome relativo, e o substantivo, antes.
As ferramentas que os mecânicos usam facilitam seu trabalho.
Nessa frase há uma oração que inicia pela palavra “que”: que os mecânicos usam. O verbo posterior ao que – usam – mantém relação sintática com o substantivo anterior a ele – as ferramentas. Observe também que a qualidade é atribuída somente às ferramentas que os mecânicos usam: Somente as ferramentas que os mecânicos usam facilitam seu trabalho, portanto, trata-se de uma oração subordinada adjetiva restritiva e a palavra “que” é um pronome relativo.
Observe a oração abaixo:
As ferramentas, que sempre facilitam o trabalho, deveriam ser usadas com mais frequência. Nessa frase, também há uma oração que inicia pela palavra “que”: que sempre facilitam o trabalho. Observe que nesse caso a oração está isolada por vírgulas e que a qualidade é atribuída a todo um grupo de modo geral: todas as ferramentas facilitam o trabalho, portanto, nesse segundo exemplo trata-se de uma oração subordinada adjetiva explicativa e a palavra “que” também é um pronome relativo.
Resumindo:
Oração Substantiva Adjetiva Restritiva: Os livros que estão na estante são do meu pai.
- Não é isolada por vírgulas.
- Atribui a qualidade a um determinado substantivo: somente os livros que estão na estante são do meu pai.
Oração Substantiva Adjetiva Explicativa: Os livros, que aumentam nosso conhecimento, são patrimônio da humanidade.
- É isolada por vírgulas.
- Atribui uma qualidade de um modo geral, ou seja, ao grupo como um todo: todos os livros aumentam nosso conhecimento.
A CONJUNÇÃO INTEGRANTE “QUE” inicia uma oração subordinada substantiva:
É importante que as ferramentas facilitem o trabalho do homem.
Observe que não há substantivo anterior ao que, portanto ele não é um pronome relativo porque sua função não é recuperar um substantivo citado anteriormente.
Façamos a pergunta: o que é importante?
Que as ferramentas facilitem o trabalho do homem – a oração está exercendo a função de sujeito, portanto, é uma oração subordinada substantiva subjetiva e o “que”, nesse caso, é uma conjunção integrante.
O PRONOME RELATIVO “QUE” inicia uma oração subordinada adjetiva e está sempre entre um verbo e um substantivo que mantêm relação sintática entre si. A função do pronome relativo é recuperar o substantivo já citado. O verbo fica depois do pronome relativo, e o substantivo, antes.
As ferramentas que os mecânicos usam facilitam seu trabalho.
Nessa frase há uma oração que inicia pela palavra “que”: que os mecânicos usam. O verbo posterior ao que – usam – mantém relação sintática com o substantivo anterior a ele – as ferramentas. Observe também que a qualidade é atribuída somente às ferramentas que os mecânicos usam: Somente as ferramentas que os mecânicos usam facilitam seu trabalho, portanto, trata-se de uma oração subordinada adjetiva restritiva e a palavra “que” é um pronome relativo.
Observe a oração abaixo:
As ferramentas, que sempre facilitam o trabalho, deveriam ser usadas com mais frequência. Nessa frase, também há uma oração que inicia pela palavra “que”: que sempre facilitam o trabalho. Observe que nesse caso a oração está isolada por vírgulas e que a qualidade é atribuída a todo um grupo de modo geral: todas as ferramentas facilitam o trabalho, portanto, nesse segundo exemplo trata-se de uma oração subordinada adjetiva explicativa e a palavra “que” também é um pronome relativo.
Resumindo:
Oração Substantiva Adjetiva Restritiva: Os livros que estão na estante são do meu pai.
- Não é isolada por vírgulas.
- Atribui a qualidade a um determinado substantivo: somente os livros que estão na estante são do meu pai.
Oração Substantiva Adjetiva Explicativa: Os livros, que aumentam nosso conhecimento, são patrimônio da humanidade.
- É isolada por vírgulas.
- Atribui uma qualidade de um modo geral, ou seja, ao grupo como um todo: todos os livros aumentam nosso conhecimento.
A CONJUNÇÃO INTEGRANTE “QUE” inicia uma oração subordinada substantiva:
É importante que as ferramentas facilitem o trabalho do homem.
Observe que não há substantivo anterior ao que, portanto ele não é um pronome relativo porque sua função não é recuperar um substantivo citado anteriormente.
Façamos a pergunta: o que é importante?
Que as ferramentas facilitem o trabalho do homem – a oração está exercendo a função de sujeito, portanto, é uma oração subordinada substantiva subjetiva e o “que”, nesse caso, é uma conjunção integrante.
terça-feira, 12 de março de 2013
A arte de Frida Kahlo
“La tragedia es lo más ridículo que tiene ‘el hombre’ pero estoy segura, de que los
animales, aunque ‘sufren’, no exiben su ‘pena’ en ‘teatros’ abiertos, ni ‘cerrados’ (los ‘hogares’). Y su dolor es más cierto que cualquier imagen que pueda cada hombre ‘representar’ o sentir como dolorosa.”
(Diário de Frida Kahlo)
A obra de Frida é extremamente autobiográfica, ao mesmo tempo em que resgata as raízes, o folclore e a identidade do povo mexicano. A frequência dos autorretratos em sua obra, como a própria artista explicou, deve-se aos longos períodos de convalescente, devido a um gravíssimo acidente que sofreu aos 18 anos de idade e que a deixou prostrada em sua cama sem contato com o mundo externo. Durante os momentos de solidão ela utilizava a própria imagem refletida no espelho pendurado no alto da cama como modelo para seus quadros. Assim, Frida nos convida a conhecer o seu mundo, geralmente triste, solitário e doloroso, em que percebemos a tentativa de dar sentido aos seus sentimentos.
Sua força transparece até mesmo na aparência: suas sobrancelhas grossas, o buço forte e as roupas mexicanas tradicionais compõe um visual muito singular.
A obra de Frida tem algo de onírico, o que levou alguns estudiosos e artistas como o poeta francês André Breton, a classificá-la como surrealista. A essa afirmação ela respondeu que pintava a sua própria realidade: “o único que sei, é que pinto porque preciso, e pinto o que me acontece, sem mais considerações".
“A arte de Frida é um laço de fita em volta de uma bomba”, definiu o poeta André Breton.
Enquanto os surrealistas se preocupavam em representar a esfera do inconsciente, Frida retratava suas experiências concretas, principalmente as mais dolorosa, por isso alguns de seus quadros são tão marcantes, porque eles mostram o sofrimento real da artista: as cirurgias, o aborto, a dor, os coletes ortopédicos, a coluna quebrada, a separação.
Frida manteve um relacionamento conturbado e duradouro com o pintor mexicano Diego Rivera, com quem se casou duas vezes. A admiração mútua, o interesse pela arte, e a ideologia política os aproximava. O casal vivia uma relação aberta, mas Frida ficou profundamente magoada quando flagrou Diego com a irmã mais nova dela, isso provocou um período de separação e depressão. Depois de um período de separação eles acabaram voltando.
Sobre sua intensa relação com Diego escreveu: “Me acogiste destrozada y me devolviste íntegra, entera”.
Apesar do sofrimento físico e emocional, Frida deixou como legado sua paixão pela vida.
Autorretrato con Collar de Espinas - 1940
Harry Ransom Humanities Research Center
Art Collection,
Universidade do Texas - Austin, Texas, EUA.
Neste retrato, Frida pinta a si mesma de frente para realçar sua presença. Usa a coroa de espinhos de Cristo como um colar. Os espinhos que penetram seu pescoço simbolizam a dor devido ao divórcio do Diego. Há um beija-flor morto pendurado no colar de espinhos cujas asas abertas imitam as sobrancelhas de Frida. Na tradição folclórica mexicana, os beija-flores mortos eram usados como símbolos de boa sorte no amor. Sobre seu ombro esquerdo há um gato preto, símbolo de azar e morte; o gato está esperando para pular sobre o beija-flor. Sobre seu ombro direito está o símbolo do diabo, seu macaco... presente do Diego. Em volta de seu cabelo, as borboletas representam a ressurreição. Novamente, Frida usa um muro de enormes plantas tropicais como fundo.
Árbol de la Esperanza, Mantente Firme – 1946
Coleção de Daniel Filipacchi
Paris, França.
Frida pintou este autorretrato após uma cirurgia frustrada em Nueva Iorque. Na mensagem "Árbol de la esperanza, mantente firme", escrita na bandeira, parece estar encorajando a si mesma. A frase foi emprestada de uma de suas músicas favoritas (Cielito Lindo).
Neste quadro vemos duas Fridas; a que está à esquerda é a que acaba de sair da cirurgia numa maca e a outra é a figura de uma Frida poderosa e cheia de confiança. O quadro está dividido em duas metades, numa é dia e na outra é noite. O corpo machucado e ensanguentado está atribuído ao sol, que na mitologia asteca alimenta-se do sangue de sacrifícios humanos.
Allá Cuelga Mi Vestido – 1933
Galeria de Hoover,
São Francisco, Califórnia, EUA.
Após mais de três anos nos EUA, Frida queria desesperadamente voltar para seu México nativo. Diego, entretanto, estava fascinado pelo país e não queria ir embora. Deste conflito surgiu esta pintura. A única colagem na obra da artista, representa um retrato irônico do capitalismo americano. Cheia de símbolos de uma sociedade industrial moderna americana, mostra a degeneração da sociedade e a destruição de valores humanos fundamentais. Em lugar de seu autorretrato, aparece o seu vestido de tehuana pendurado no meio do caos que se vê ao fundo.
El Venado Herido - 1946
Colección de Carolyn Farb
Houston, Texas, EE.UU.
Nesta pintura de um jovem veado fatalmente ferido por flechas, Frida expressa a decepção que se seguiu à operação de sua coluna em Nova Iorque, 1946, que ela havia esperado com otimismo acreditando que a curaria de suas dores.
Ao voltar para o México, entretanto, continuou sofrendo com as dores e com uma profunda depressão. Nesta pintura, assim como em muitos dos autorretratos de Frida, ela se apresenta incapaz de mudar o seu próprio destino.
Autorretrato con el Pelo Suelto - 1947
Coleção privada
Des Moines, Iowa, EUA.
Em 1946, Frida viajou novamente a Nova Iorque para uma fusão da espinha. Esta operação foi chamada "el principio del fin" para Frida. Mesmo tendo consultado numerosos, talvez demasiados doutores, sua condição cada vez piorou mais após esta operação. Frida aparece magra e frágil, mas relaxada e sorridente. No texto na parte de baixo aparece:
"Aquí me pinté yo, Frida Kahlo, con mi reflejo en el espejo. Tengo 37 años y es Julio de 1947. En Coyoacán, México, el sitio en donde nací". Na realidade ela tinha 40 anos nesse momento. Neste autorretrato, Frida exagerou muito seu cabelo…provavelmente para agradar a Diego, que amava sua longa e flutuante cabeleira.
La Columna Rota – 1944
Coleção de Dolores Olmedo Patiño,
Cidade de México, México
Neste autorretrato, Frida está sozinha, chorando em uma vasta planície abaixo de um céu tormentoso. Provavelmente é sua maneira de dizer que ela tem que lidar com sua dor física e emocional por si mesma. Em 1944, quando Frida pintou este autorretrato, a sua saúde estava tão deteriorada que ela precisou usar um colete de aço para segurar sua coluna durante cinco meses. A coluna aparece quebrada em várias partes. Os pregos que atravessam seu rosto e seu corpo simbolizam a dor e a solidão. O prego maios atravessa seu coração, indicando a forte dor emocional causada pelo Diego.
As duas Fridas – 1939
Museo de Arte Moderna - México
Pouco após o seu divórcio de Diego Rivera, Frida completou este autorretrato de duas personalidades diferente. Em seu diário, Frida escreveu que a origem deste quadro está nas lembranças de um amigo imaginário da infância. Mais tarde admitiu que refletia as emoções que cercaram sua separação e crise matrimonial. À direita, a parte de sua pessoa que era respeitada e amada por Diego é a Frida mexicana vestida de tehuana. Em sua mão sustenta um amuleto com o retrato de Diego quando era criança. À esquerda, uma Frida bem mais europeia com um vestido vitoriano de renda branca, a Frida que o Diego abandonou.
Henry Ford Hospital
(La cama volando) - 1932
Coleção de Dolores Olmedo Patiño,
Cidade de México, México
Em julho de 1932 Frida sofre um aborto natural no hospital Henry Ford em Detroit. Neste quadro perturbador, pinta a si mesma deitada numa cama de hospital após o aborto. A figura no retrato está nua, os lençóis que são vistos atrás dela estão ensanguentados e uma lágrima escorre de seu olho esquerdo. A cama está cercada por seis imagens: um feto masculino, o pequeno "Dieguito" que ela tanto desejava; a orquídea que foi um presente do Diego, o caracol, que alude ao lento aborto; o torso feminino de gesso e finalmente, no canto inferior direito su própria pélvis.
El sueño (La Cama) – 1940
Museo de Arte Moderna - México
No México, comemora-se o “Dia dos mortos” no dia 2 de novembro. Este quadro revela a preocupação de Frida com a morte, na vida real ela tinha um esqueleto de papel machê em cima do dossel de sua cama. Diego o chamava de “o amante de Frida”, mas ela dizia que ele era apenas um divertido lembrete de sua mortalidade.
Fonte: http://www.fridakahlofans.com
(Diário de Frida Kahlo)
A obra de Frida é extremamente autobiográfica, ao mesmo tempo em que resgata as raízes, o folclore e a identidade do povo mexicano. A frequência dos autorretratos em sua obra, como a própria artista explicou, deve-se aos longos períodos de convalescente, devido a um gravíssimo acidente que sofreu aos 18 anos de idade e que a deixou prostrada em sua cama sem contato com o mundo externo. Durante os momentos de solidão ela utilizava a própria imagem refletida no espelho pendurado no alto da cama como modelo para seus quadros. Assim, Frida nos convida a conhecer o seu mundo, geralmente triste, solitário e doloroso, em que percebemos a tentativa de dar sentido aos seus sentimentos.
Sua força transparece até mesmo na aparência: suas sobrancelhas grossas, o buço forte e as roupas mexicanas tradicionais compõe um visual muito singular.
A obra de Frida tem algo de onírico, o que levou alguns estudiosos e artistas como o poeta francês André Breton, a classificá-la como surrealista. A essa afirmação ela respondeu que pintava a sua própria realidade: “o único que sei, é que pinto porque preciso, e pinto o que me acontece, sem mais considerações".
“A arte de Frida é um laço de fita em volta de uma bomba”, definiu o poeta André Breton.
Enquanto os surrealistas se preocupavam em representar a esfera do inconsciente, Frida retratava suas experiências concretas, principalmente as mais dolorosa, por isso alguns de seus quadros são tão marcantes, porque eles mostram o sofrimento real da artista: as cirurgias, o aborto, a dor, os coletes ortopédicos, a coluna quebrada, a separação.
Frida manteve um relacionamento conturbado e duradouro com o pintor mexicano Diego Rivera, com quem se casou duas vezes. A admiração mútua, o interesse pela arte, e a ideologia política os aproximava. O casal vivia uma relação aberta, mas Frida ficou profundamente magoada quando flagrou Diego com a irmã mais nova dela, isso provocou um período de separação e depressão. Depois de um período de separação eles acabaram voltando.
Sobre sua intensa relação com Diego escreveu: “Me acogiste destrozada y me devolviste íntegra, entera”.
Apesar do sofrimento físico e emocional, Frida deixou como legado sua paixão pela vida.
Autorretrato con Collar de Espinas - 1940
Harry Ransom Humanities Research Center
Art Collection,
Universidade do Texas - Austin, Texas, EUA.
Neste retrato, Frida pinta a si mesma de frente para realçar sua presença. Usa a coroa de espinhos de Cristo como um colar. Os espinhos que penetram seu pescoço simbolizam a dor devido ao divórcio do Diego. Há um beija-flor morto pendurado no colar de espinhos cujas asas abertas imitam as sobrancelhas de Frida. Na tradição folclórica mexicana, os beija-flores mortos eram usados como símbolos de boa sorte no amor. Sobre seu ombro esquerdo há um gato preto, símbolo de azar e morte; o gato está esperando para pular sobre o beija-flor. Sobre seu ombro direito está o símbolo do diabo, seu macaco... presente do Diego. Em volta de seu cabelo, as borboletas representam a ressurreição. Novamente, Frida usa um muro de enormes plantas tropicais como fundo.
Árbol de la Esperanza, Mantente Firme – 1946
Coleção de Daniel Filipacchi
Paris, França.
Frida pintou este autorretrato após uma cirurgia frustrada em Nueva Iorque. Na mensagem "Árbol de la esperanza, mantente firme", escrita na bandeira, parece estar encorajando a si mesma. A frase foi emprestada de uma de suas músicas favoritas (Cielito Lindo).
Neste quadro vemos duas Fridas; a que está à esquerda é a que acaba de sair da cirurgia numa maca e a outra é a figura de uma Frida poderosa e cheia de confiança. O quadro está dividido em duas metades, numa é dia e na outra é noite. O corpo machucado e ensanguentado está atribuído ao sol, que na mitologia asteca alimenta-se do sangue de sacrifícios humanos.
Allá Cuelga Mi Vestido – 1933
Galeria de Hoover,
São Francisco, Califórnia, EUA.
Após mais de três anos nos EUA, Frida queria desesperadamente voltar para seu México nativo. Diego, entretanto, estava fascinado pelo país e não queria ir embora. Deste conflito surgiu esta pintura. A única colagem na obra da artista, representa um retrato irônico do capitalismo americano. Cheia de símbolos de uma sociedade industrial moderna americana, mostra a degeneração da sociedade e a destruição de valores humanos fundamentais. Em lugar de seu autorretrato, aparece o seu vestido de tehuana pendurado no meio do caos que se vê ao fundo.
El Venado Herido - 1946
Colección de Carolyn Farb
Houston, Texas, EE.UU.
Nesta pintura de um jovem veado fatalmente ferido por flechas, Frida expressa a decepção que se seguiu à operação de sua coluna em Nova Iorque, 1946, que ela havia esperado com otimismo acreditando que a curaria de suas dores.
Ao voltar para o México, entretanto, continuou sofrendo com as dores e com uma profunda depressão. Nesta pintura, assim como em muitos dos autorretratos de Frida, ela se apresenta incapaz de mudar o seu próprio destino.
Autorretrato con el Pelo Suelto - 1947
Coleção privada
Des Moines, Iowa, EUA.
Em 1946, Frida viajou novamente a Nova Iorque para uma fusão da espinha. Esta operação foi chamada "el principio del fin" para Frida. Mesmo tendo consultado numerosos, talvez demasiados doutores, sua condição cada vez piorou mais após esta operação. Frida aparece magra e frágil, mas relaxada e sorridente. No texto na parte de baixo aparece:
"Aquí me pinté yo, Frida Kahlo, con mi reflejo en el espejo. Tengo 37 años y es Julio de 1947. En Coyoacán, México, el sitio en donde nací". Na realidade ela tinha 40 anos nesse momento. Neste autorretrato, Frida exagerou muito seu cabelo…provavelmente para agradar a Diego, que amava sua longa e flutuante cabeleira.
La Columna Rota – 1944
Coleção de Dolores Olmedo Patiño,
Cidade de México, México
Neste autorretrato, Frida está sozinha, chorando em uma vasta planície abaixo de um céu tormentoso. Provavelmente é sua maneira de dizer que ela tem que lidar com sua dor física e emocional por si mesma. Em 1944, quando Frida pintou este autorretrato, a sua saúde estava tão deteriorada que ela precisou usar um colete de aço para segurar sua coluna durante cinco meses. A coluna aparece quebrada em várias partes. Os pregos que atravessam seu rosto e seu corpo simbolizam a dor e a solidão. O prego maios atravessa seu coração, indicando a forte dor emocional causada pelo Diego.
As duas Fridas – 1939
Museo de Arte Moderna - México
Pouco após o seu divórcio de Diego Rivera, Frida completou este autorretrato de duas personalidades diferente. Em seu diário, Frida escreveu que a origem deste quadro está nas lembranças de um amigo imaginário da infância. Mais tarde admitiu que refletia as emoções que cercaram sua separação e crise matrimonial. À direita, a parte de sua pessoa que era respeitada e amada por Diego é a Frida mexicana vestida de tehuana. Em sua mão sustenta um amuleto com o retrato de Diego quando era criança. À esquerda, uma Frida bem mais europeia com um vestido vitoriano de renda branca, a Frida que o Diego abandonou.
Henry Ford Hospital
(La cama volando) - 1932
Coleção de Dolores Olmedo Patiño,
Cidade de México, México
Em julho de 1932 Frida sofre um aborto natural no hospital Henry Ford em Detroit. Neste quadro perturbador, pinta a si mesma deitada numa cama de hospital após o aborto. A figura no retrato está nua, os lençóis que são vistos atrás dela estão ensanguentados e uma lágrima escorre de seu olho esquerdo. A cama está cercada por seis imagens: um feto masculino, o pequeno "Dieguito" que ela tanto desejava; a orquídea que foi um presente do Diego, o caracol, que alude ao lento aborto; o torso feminino de gesso e finalmente, no canto inferior direito su própria pélvis.
El sueño (La Cama) – 1940
Museo de Arte Moderna - México
No México, comemora-se o “Dia dos mortos” no dia 2 de novembro. Este quadro revela a preocupação de Frida com a morte, na vida real ela tinha um esqueleto de papel machê em cima do dossel de sua cama. Diego o chamava de “o amante de Frida”, mas ela dizia que ele era apenas um divertido lembrete de sua mortalidade.
Fonte: http://www.fridakahlofans.com
segunda-feira, 11 de março de 2013
Filme Frida Kahlo
Em homenagem ao dia da mulher recomendo o filme Frida Kahlo (Salma Hayek), a pintora mexicana que merece admiração por suas qualidades: a força, a perseverança, a inquietude, a rebeldia e a generosidade.
Aos 18 anos de idade, em 1925, na efervescência de sua juventude, foi vítima de um gravíssimo acidente que a deixou literalmente destroçada: o bonde em que viajava chocou-se violentamente e uma barra de ferro atravessou seu corpo, perfurou suas costas, atravessou sua pélvis e saiu pela vagina, causando uma grave hemorragia. Durante meses, Frida ficou no hospital entre a vida e a morte, passou por várias operações na tentativa de reconstruir seu corpo por inteiro. De volta para casa, durante sua convalescença, teve que ficar imobilizada durante vários meses na cama, onde começou a pintar, primeiro no seu colete de gesso e depois num cavalete que sua mãe mandou fazer especialmente para ela.
O filme relata a vida de Frida, que apesar dos graves problemas de saúde e de sua convivência diária com a dor física e emocional, não perdeu o amor pela vida, pelo contrário, viveu e amou intensamente.Teve uma conturbada e duradoura relação aberta com Diego Rivera (Alfred Molina), um dos maiores pintores mexicanos.
Frida Kahlo levou uma vida intensa e sem limites como uma revolucionária política, artista e sexual e o seu grande legado é a paixão pela vida.
FICHA TÉCNICA
Título Original: Frida
Gênero: Drama
Origem/Ano: EUA/2002
Duração: 120 min
Direção: Julie Taymor
Elenco:
Salma Hayek (Frida Kahlo)
Alfred Molina (Diego Rivera)
Geoffrey Rush (León Tolstoi)
Ashley Judd
Antonio Banderas
Edward Norton
OBSERVAÇÃO:
Outro ponto alto do filme é a trilha sonora que conta com a participação da cantora mexicana Chavela Vargas interpretando uma das músicas favoritas de Frida "La llorona". No filme, Chavela aparece quase como uma representação da morte, cantando : "Ay de mí, Llorona, Llorona de azul celeste, no dejaré de quererte, Llorona, aunque la vida me cueste...".
Caetano Veloso e Lila Downs interpretam "Burn it Blue".
Aos 18 anos de idade, em 1925, na efervescência de sua juventude, foi vítima de um gravíssimo acidente que a deixou literalmente destroçada: o bonde em que viajava chocou-se violentamente e uma barra de ferro atravessou seu corpo, perfurou suas costas, atravessou sua pélvis e saiu pela vagina, causando uma grave hemorragia. Durante meses, Frida ficou no hospital entre a vida e a morte, passou por várias operações na tentativa de reconstruir seu corpo por inteiro. De volta para casa, durante sua convalescença, teve que ficar imobilizada durante vários meses na cama, onde começou a pintar, primeiro no seu colete de gesso e depois num cavalete que sua mãe mandou fazer especialmente para ela.
O filme relata a vida de Frida, que apesar dos graves problemas de saúde e de sua convivência diária com a dor física e emocional, não perdeu o amor pela vida, pelo contrário, viveu e amou intensamente.Teve uma conturbada e duradoura relação aberta com Diego Rivera (Alfred Molina), um dos maiores pintores mexicanos.
Frida Kahlo levou uma vida intensa e sem limites como uma revolucionária política, artista e sexual e o seu grande legado é a paixão pela vida.
FICHA TÉCNICA
Título Original: Frida
Gênero: Drama
Origem/Ano: EUA/2002
Duração: 120 min
Direção: Julie Taymor
Elenco:
Salma Hayek (Frida Kahlo)
Alfred Molina (Diego Rivera)
Geoffrey Rush (León Tolstoi)
Ashley Judd
Antonio Banderas
Edward Norton
OBSERVAÇÃO:
Outro ponto alto do filme é a trilha sonora que conta com a participação da cantora mexicana Chavela Vargas interpretando uma das músicas favoritas de Frida "La llorona". No filme, Chavela aparece quase como uma representação da morte, cantando : "Ay de mí, Llorona, Llorona de azul celeste, no dejaré de quererte, Llorona, aunque la vida me cueste...".
Caetano Veloso e Lila Downs interpretam "Burn it Blue".
quarta-feira, 6 de março de 2013
O uso do artigo em espanhol
Em geral, os principais problemas dos alunos brasileiros relativos ao emprego do artigo são:
Uso do artigo neutro.
Os estudantes brasileiros têm dificuldade para entender a função do artigo neutro em espanhol "lo" e empregá-lo corretamente pois em português não existe a forma neutra. Os erros mais frequentes são:
Utilização do artigo definido masculino em lugar do neutro.
Exemplo: *El principal de la vida es amar.
(o asterísco * indica erro) Utilização da forma neutra “lo” em lugar do artigo definido “el”.
Exemplo. *Lo niña y la niña son compañeros de clase.
OBSERVAÇÃO: O artigo neutro “Lo” somente se utiliza acompanhado de adjetivos, advérbios ou particípios. Nunca deve se utilizar acompanhado de nomes.
O uso do artigo antes de nomes próprios.
O português, ao contrário do espanhol, costuma empregar o artigo definido antes de nomes próprios, principalmente de países, regiões e cidades. Isso resulta na presenta do artigo em construções que não o admitem em espanhol. Exemplos: *El Brasil es un país muy grande.
Presença do artigo antes do possessivo.
Em espanhol, o artigo não é usado antes do possessivo. No entanto, o uso do artigo no Português neste caso é opcional e muito frequente. Isto induz a erros no uso do artigo, com o possessivo. Ejemplo: *La mi casa es bonita.
Omissão do artigo para indicar as horas.
Em espanhol, é obrigatória a presença do artigo definido diante das horas, enquanto em Português, geralmente, não é empregado. Os alunos, por interferência da língua materna, costumam omitir o artigo nesses casos. Exemplo: *Son três horas. (Son las tres).
Regras de eufonia.
Os alunos brasileiros têm dificuldade para entender a troca do artigo la/una por el/un quando a palavra determinada começa por "a-" ou "ha-" tônicas para evitar a cacofonia (som desagradável). A presença do artigo masculino, no entanto, não muda o gênero da palavra e ao passa-la para o plural, volta-se a empregar a forma feminina. Exemplo: *La agua estaba hirviendo. (El agua estaba hirviendo).
Uso do artigo diante de palavras heterogenéricas.
Por influência do português utiliza-se o artigo que corresponde ao gênero da palavra em português diante de palavras heterogenéricas. Ejemplo: *La viaje fue estupenda. *El sangre estaba contaminado.
As contrações.
Em espanhol há apenas duas contrações: a resultante da preposição "de" e o artigo definido "el" = “del” e a resultante da preposição “a” e o artigo definido “el” = “al”. Em português há muitas mais contrações e combinações, o que costuma provocar confusão nos aprendizes brasileiros. Situações em ocorrem mais erros:
Em português, diante dos dias da semana e das estações emprega-se a forma contraída, mas em espanhol usa-se somente o artigo ou a preposição. Exemplos: *[En] el domingo fuimos al cine. (El domingo fuimos al cine). *Voy a viajar en [el] invierno. (Voy a viajar en invierno).
No espanhol, diferentemente do português, usa-se o artigo antes de porcentagens. Exemplos: El 10% de la población no come todos los días.
No espanhol usa-se o artigo antes da palavra “dia” para especificar uma data. Exemplo: Nací el día 16 de junio (Nasci dia 16 de junho).
Em português você pode ou não usar o pronome antes do artigo para indicar uma data. Vejamos as possíveis traduções para o nome do bolero “El día en que me quieras”:
O dia que me amares
O dia em que me amares
No dia que me amares
No dia em que me amares
Em português é comum a omissão do artigo diante de substantivos usados de modo vago, genérico. Exemplo: Quem pensa que fotografia é uma profissão muito excitante está inteiramente enganado. (El que piensa que la fotografia es uma profesión muy excitante está completamente equivocado).
Uso do artigo neutro.
Os estudantes brasileiros têm dificuldade para entender a função do artigo neutro em espanhol "lo" e empregá-lo corretamente pois em português não existe a forma neutra. Os erros mais frequentes são:
Utilização do artigo definido masculino em lugar do neutro.
Exemplo: *El principal de la vida es amar.
(o asterísco * indica erro) Utilização da forma neutra “lo” em lugar do artigo definido “el”.
Exemplo. *Lo niña y la niña son compañeros de clase.
OBSERVAÇÃO: O artigo neutro “Lo” somente se utiliza acompanhado de adjetivos, advérbios ou particípios. Nunca deve se utilizar acompanhado de nomes.
O uso do artigo antes de nomes próprios.
O português, ao contrário do espanhol, costuma empregar o artigo definido antes de nomes próprios, principalmente de países, regiões e cidades. Isso resulta na presenta do artigo em construções que não o admitem em espanhol. Exemplos: *El Brasil es un país muy grande.
Presença do artigo antes do possessivo.
Em espanhol, o artigo não é usado antes do possessivo. No entanto, o uso do artigo no Português neste caso é opcional e muito frequente. Isto induz a erros no uso do artigo, com o possessivo. Ejemplo: *La mi casa es bonita.
Omissão do artigo para indicar as horas.
Em espanhol, é obrigatória a presença do artigo definido diante das horas, enquanto em Português, geralmente, não é empregado. Os alunos, por interferência da língua materna, costumam omitir o artigo nesses casos. Exemplo: *Son três horas. (Son las tres).
Regras de eufonia.
Os alunos brasileiros têm dificuldade para entender a troca do artigo la/una por el/un quando a palavra determinada começa por "a-" ou "ha-" tônicas para evitar a cacofonia (som desagradável). A presença do artigo masculino, no entanto, não muda o gênero da palavra e ao passa-la para o plural, volta-se a empregar a forma feminina. Exemplo: *La agua estaba hirviendo. (El agua estaba hirviendo).
Uso do artigo diante de palavras heterogenéricas.
Por influência do português utiliza-se o artigo que corresponde ao gênero da palavra em português diante de palavras heterogenéricas. Ejemplo: *La viaje fue estupenda. *El sangre estaba contaminado.
As contrações.
Em espanhol há apenas duas contrações: a resultante da preposição "de" e o artigo definido "el" = “del” e a resultante da preposição “a” e o artigo definido “el” = “al”. Em português há muitas mais contrações e combinações, o que costuma provocar confusão nos aprendizes brasileiros. Situações em ocorrem mais erros:
Em português, diante dos dias da semana e das estações emprega-se a forma contraída, mas em espanhol usa-se somente o artigo ou a preposição. Exemplos: *[En] el domingo fuimos al cine. (El domingo fuimos al cine). *Voy a viajar en [el] invierno. (Voy a viajar en invierno).
No espanhol, diferentemente do português, usa-se o artigo antes de porcentagens. Exemplos: El 10% de la población no come todos los días.
No espanhol usa-se o artigo antes da palavra “dia” para especificar uma data. Exemplo: Nací el día 16 de junio (Nasci dia 16 de junho).
Em português você pode ou não usar o pronome antes do artigo para indicar uma data. Vejamos as possíveis traduções para o nome do bolero “El día en que me quieras”:
O dia que me amares
O dia em que me amares
No dia que me amares
No dia em que me amares
Em português é comum a omissão do artigo diante de substantivos usados de modo vago, genérico. Exemplo: Quem pensa que fotografia é uma profissão muito excitante está inteiramente enganado. (El que piensa que la fotografia es uma profesión muy excitante está completamente equivocado).
terça-feira, 5 de março de 2013
Frase do dia
“Tudo o que vemos ou parecemos não passa de um sonho dentro de um sonho.”
Edgar Allan Poe
Edgar Allan Poe
"Torcer" em espanhol
Bom, já que a copa está se aproximando, talvez seja interessante falar da tradução da expressão “torcer” para o espanhol, e outros termos relacionados: torcida, torcedor…
Para que time você torce? = ¿De qué equipo eres hincha? ou simplesmente ¿Cuál es tu equipo?
Torço pelo Barcelona = Yo soy del Barcelona / Le voy al Barcelona.
Torcedor = hincha
Torcida = hinchada
O time não poderia decepcionar os torcedores. = El equipo no podría decepcionar a sus hinchas.
Antes de mais nada sou torcedor do futebol. = Antes que nada soy hincha del fútbol.
Em espanhol, a palavra torcer não é usada no sentido de desejar algo bom, para dizer, por exemplo “Estou torcendo para que tudo dê certo.” diz-se: “Deseo/Ojalá que todo salga bien.”
A expressão usada em espanhol para expressar o desejo de que algo aconteça é “Ojalá” , que tem sua origem na expressão do árabe hispânico “law šá lláh = si Dios quiere” . No Brasil, o termo “oxalá” atualmente está em desuso, prefere-se dizer “tomara”.
“Torcer” no sentido de desejar algo bom pode-se traduzir como “desear”, “apoyar”, “animar”.
Quero agradecer a todos aqueles que torceram por mim. = Quiero agradecer a todos los que me apoyaron /animaron.
Torça pra ela aparecer! = ¡Desea que ella aparezca!
CURIOSIDADES:
"Porras" no Mexico é "torcida", não tem nada a ver com dar porrada, que nesse caso seria golpear-pegar. Então "echar porras al equipo de Flamengo" sería "torcer pela equipe do Flamengo". Uma porra no México é uma frase bem estabelecida, às vezes com rima, que se repete com entusiasmo para torcer por alguém.
No México, a mais comum é:
" A la bío, a la bao, a la bim, bom, ba, México, México, ra ra ra!"
No México também usa-se a expressão “echar buena vibra” para expressar desejos positivos por algo ou alguém (mandar vibrações positivas).
Origem da expressão "MUCHA MIERDA":
A expressão "Mucha Mierda", empregada no teatro para desejar muita sorte, remete aos tempos em que o cavalo era o meio de transporte habitual. Desse modo, quanto maior fosse o comparecimento do público, maior era o número de excrementos na entrada do teatro, assim, ter “mucha mierda” era ter sucesso garantido.
Para que time você torce? = ¿De qué equipo eres hincha? ou simplesmente ¿Cuál es tu equipo?
Torço pelo Barcelona = Yo soy del Barcelona / Le voy al Barcelona.
Torcedor = hincha
Torcida = hinchada
O time não poderia decepcionar os torcedores. = El equipo no podría decepcionar a sus hinchas.
Antes de mais nada sou torcedor do futebol. = Antes que nada soy hincha del fútbol.
Em espanhol, a palavra torcer não é usada no sentido de desejar algo bom, para dizer, por exemplo “Estou torcendo para que tudo dê certo.” diz-se: “Deseo/Ojalá que todo salga bien.”
A expressão usada em espanhol para expressar o desejo de que algo aconteça é “Ojalá” , que tem sua origem na expressão do árabe hispânico “law šá lláh = si Dios quiere” . No Brasil, o termo “oxalá” atualmente está em desuso, prefere-se dizer “tomara”.
“Torcer” no sentido de desejar algo bom pode-se traduzir como “desear”, “apoyar”, “animar”.
Quero agradecer a todos aqueles que torceram por mim. = Quiero agradecer a todos los que me apoyaron /animaron.
Torça pra ela aparecer! = ¡Desea que ella aparezca!
Estamos torcendo por você! = ¡Estamos contigo! ¡Todo va a salir bien! ¡Todo saldrá bien!
CURIOSIDADES:
"Porras" no Mexico é "torcida", não tem nada a ver com dar porrada, que nesse caso seria golpear-pegar. Então "echar porras al equipo de Flamengo" sería "torcer pela equipe do Flamengo". Uma porra no México é uma frase bem estabelecida, às vezes com rima, que se repete com entusiasmo para torcer por alguém.
No México, a mais comum é:
" A la bío, a la bao, a la bim, bom, ba, México, México, ra ra ra!"
No México também usa-se a expressão “echar buena vibra” para expressar desejos positivos por algo ou alguém (mandar vibrações positivas).
Origem da expressão "MUCHA MIERDA":
A expressão "Mucha Mierda", empregada no teatro para desejar muita sorte, remete aos tempos em que o cavalo era o meio de transporte habitual. Desse modo, quanto maior fosse o comparecimento do público, maior era o número de excrementos na entrada do teatro, assim, ter “mucha mierda” era ter sucesso garantido.
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