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sexta-feira, 1 de julho de 2016

Regionalismos latino-americanos para a expressão "legal"




Para ilustrar os diferentes regionalismos hispano-americanos para o coloquialismo "legal", fiz uma montagem com esses simpáticos bonequinhos e suas vestimentas típicas da série "Trajes del Mundo", que encontrei na rede. Quando falamos de regionalismos e roupas típicas, ou de qualquer elemento cultural de um país, sabemos que são tantas as variedades regionais que é impossível abarcá-las num único modelo. Também não coloquei representantes de todos os países hispano-americanos, porque selecionei os que tinham formas diferentes para a expressão "legal". 

Enfim, certamente ficará muita coisa de fora, mas aqui vai a relação. 

Bacán (Cuba, Perú, Chile)

Bacano (Colombia)

Bárbaro (Argentina, Uruguai)

Buena onda (Argentina, Paraguai)

Chévere (Cuba, Peru, Puerto Rico, Venezuela, Colômbia, Equador)

Chido (México)

Cool (“Qué cool” se usa em vários países latino-americanos)

Copado (Argentina)

Gara (Equador)

Genial, super (Paraguai, Argentina, Uruguai)

Guay (Espanha)

Macanudo (Argentina)

Padre (México)


Origem da palavra chévere:

Como vimos, esse termo é empregado em vários países hispanofalantes, principalmente na região do Caribe. Apesar das várias hipóteses que circulam na internet, a versão mais provável e confiável  afirma que palavra chévere ou chebere é uma voz africana trazida pelos efik, que chegaram a Cuba como escravos e que, posteriormente, na primeira metade do século XIX, em Habana, fundaram uma sociedade secreta chamada Abakua para resistir à escravidão. Essa sociedade era formada por homens africanos que compravam escravos para libertá-los. Eles falavam um idioma secreto, baseado no calabri (de origem nigeriana) que usavam em seus rituais e cerimônias. 

Em sua língua original, o termo significa valente, bravo. Os ‘abakuas’ se organizaram em locais de celebração de sua sociedade secreta chamadas ‘plantes’ em La Habana e em Matanzas. Como parte de sua liturgia, os iniciados participavam de procissões públicas nas cidades de Regla e Guanabaco, não tanto propriamente em La Habana, onde um dos cânticos entonava assim: “Ekue, ekue, sabiaka mokongo ma chebere…”. Esta toada se encontra em gravações baseadas em temas ‘abakua’ gravados em Cuba por Cachao nos anos cinquenta, e posteriormente, por Tito Puente: “Chévere, chévere… mi mulata sí que es chévere”. 

É através da música que palavras como chévere (do ‘efik’) ou ‘ache’ (do ‘yoruba’ ou ‘lucumi’) tão usada por Rolando LaSerie e Celina passam para o vocabulário de todo o Caribe. Para mais informações sobre a sociedade abakua, os interessados podem consultar a obra de Lydia Cabrera (Cabrera, Lydia La sociedad secreta Abakua; narrada por viejos adeptos. Ediciones CR, Havana. 1959, 296p. + 16p. illus).

A 23ª edição do Diccionario de la Lengua Española (RAE) registra o vocábulo da seguinte forma:

chévere

1. adj. Ant., Bol., Col., El Salv., Hond., Pan., Perú y Ven. Estupendo, buenísimo, excelente.
2. adj. Ant., Bol., Ec., Hond., Méx., Pan., Perú y Ven. Primoroso, gracioso, bonito, elegante, agradable.
3. adj. Ant., Col., Pan., Perú y Ven. Benévolo, indulgente. Un profesor chévere. Un examen chévere.
4. adv. Bol., Méx., Pan., Perú, R. Dom. y Ven. magníficamente (‖ muy bien).

k-minos.com

es.wikipedia.org

etimologias.dechile.net

dle.rae.es

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Variações regionais para a palavra “lâmpada” em espanhol



Outra dificuldade com que os tradutores de espanhol precisam lidar é a grande diversidade de variantes continentais (peninsulares e hispano-americanas) que têm diferenças gramaticais, lexicais e discursivas entre si. O fato de o espanhol ser língua oficial em mais de 20 países com história, colonização, cultura e costumes diferentes justifica o grande número de variantes.


O tradutor percebe essa diversidade principalmente no léxico, quando depara com um grande número de palavras diferentes para representar a mesma coisa, ou seja, o mesmo referente. Ao tradutor cabe a difícil tarefa de escolher a opção que melhor se adéqua ao público-alvo de sua tradução. Em alguns casos, quando se pretende atingir um público mais amplo, é preciso minimizar as particularidades e apostar numa modalidade mais neutra.


Um exemplo dessa riqueza vocabular é a tradução ao espanhol da palavra “lâmpada”, isto é, o bulbo de vidro que possui um filamento incandescente e que usamos para iluminar nossos lares.


Vejamos as variantes regionais para a palavra lâmpada:


Espanha = bombilla

Chile = ampulleta

Paraguai, México, Peru = foco

Uruguai, Argentina = bombita, lamparita

Colombia, Venezuela = bombillo


Esta palavra rendeu uma anedota em nossa família. Quando moramos no Paraguai, minha mãe, espanhola, saiu para comprar uma lâmpada e pediu para a atendente da loja uma bombilla, a moça voltou com uma bomba para tomar mate ou chimarrão.

(Agradeço a contribuição de minha querida amiga uruguaia, Charo, para a elaboração deste artigo)

Bombilla na Espanha

Bombilla no Paraguai, Argentina e Uruguai